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3.10.09

Wine Games - Começou o Festival Sud de France


Os jogos e palestras aconteceram no Fogo de Chão de BH com a ABS e na sede da SBAV MG, na foto de baixo os palestrantes e na do alto os alunos.

O Festival Sud de France começou nesta sexta feira. Vinhos em promoção, degustações, menus harmonizados, concurso para ir à França e palestras. Em Belo Horizonte 2 palestras tiveram como destaque os "wine games", animadas brincadeiras que levam ao aperfeiçoamento dos conhecimentos sobre vinhos. Os jogos são realizados durante a palestra e o enófilo tem pequenos desafios com os olhos vendados. Ao acertar a resposta o particpante ganha um brinde do Sul da França. Os palestrantes de BH foram o enólogo Laurent Mingaud da Aimery Sieur d'Arques e Rogerio Rebouças, consultor e jornalista. No Rio e em São Paulo também participará o enólogo Alain Gayda, ex-presidente da União de Enólogos da França. Venha participar na ABS Rio dia 6 às 15 horas ou na SBAV São Paulo dia 7 às 17 horas.
Os endereços:
ABS Rio - Praia do Flamengo, 66 Bloco B Sala 311 - Flamengo
Telefone (21)2285-0497
SBAV São Paulo - Alameda Gabriel Monteiro da Silva 2586 - São Paulo Tel: 3814-7905

20.3.08

Brasil arremata barrica em Toques e Clochers

Armando Martini é o primeiro brasileiro a comprar uma barrica de vinho, 300 garrafas, no leilão de Toques e Clochers, o segundo em importância na França. Veja os comentários de Arthur Azevedo da ABS-SP e entrevista com Armando Martini, em vídeo, no Blog. Os vinhos leiloados são uma seleção das melhores parcelas com rendimento reduzido a 50%, para aumentar a concentração. A maior parte é de brancos e uma pequena parte de tintos onde se destaca o Baron Arques da Baronesa Philippine de Rothschild. A renda é utilizada para restaurar cada um dos 43 campanários das igrejas da denominação de origem Limoux. Os vinhos são dividos em quatro territórios: Autan, Mediterrâneo, Alto Vale e Oceânico. Cada um se exprime de forma diferente. Os brancos de Limoux são sempre 100% chardonnay, vinificados e envelhecidos em barris de carvalho. O lance da casa do vinho atingiu 3500€. O vinho vem do território Mediterrâneo, do vilarejo de La Gardie. É um vinho com aromas de frutas cítricas e pera, rico, de boa acidez e equilibrado. Deve ser engarrafado apenas em outubro. Pode ser guardado mais de dez anos.




29.2.08

Concurso Geral Agrícola de Paris vale mais que Parker para consumidor francês


As medalhas do Concurso Geral Agrícola de Paris, CGA, são as mais disputadas pelos viticultores e agricultores franceses. Desde 1870 este busca premiar os melhores produtos franceses seja vinho ou outro alimento. Organizado anualmente pelo Ministério da Agricultura é a mais cobiçada recompensa para o produtor.
A cada ano durante o Salão da Agricultura em Paris 3400 jurados representando todas as partes envolvidas no circuito do vinho, isto é, produtores, distribuidores, técnicos, enólogos, comerciantes, sommeliers e enófilos selecionam, julgam e elegem os melhores vinhos de cada região de produção. É um acontecimento nacional de grande repercussão e sua abertura é sempre feita pelo Presidente da República. Um enxame de políticos circula durante o evento. Vale lembrar ao leitor que a França é um país agrícola e que sua população mora em sua grande maioria em pequenas cidades com menos de 100 mil habitantes. Se fôssemos traçar um paralelo com o Brasil seria como Minas Gerais e suas centenas de municípios.
A tradição e a importância de ser reconhecido por todo o circuito do vinho conferem à medalha seja ouro, prata ou mesmo de bronze um prestígio e uma vantagem no momento da escolha do produto por parte do consumidor. Vale lembrar que o mercado do vinho francês é o primeiro mercado do produtor local. Dentro do Hexágono R. Parker, Wine Advocate, Decanter, Wine Spectator, Jancis Robinson e outras referências anglófonas possuem um peso muito menor do que o do CGA e outros importantes concursos como Macon, Orange e mesmo de concursos regionais. Outra grande referência local é o prestigiado Guide Hachette.
Dos vinhos que me lembro estão no Brasil ou a caminho levaram medalhas de ouro os Domaine Cazes e seu Côte de Roussillon orgânico, Rocbère com seu Corbières Thésaurus, Gerard Bertrand com o Corbières Hait Saint Georges, Cellier Charles Cros com Arpége rosé, Cellier Saint Damien com Domaines Serres tinto envelhecido em barris de carvalho, Cooperativa de Berlou com Château des Albières Saint Chinian Berlou e Rouquette sur Mer com seu rosé La Bergerie de La Clape e Sieur d'Arques com três brancos Toques et Clochers, duas Blanquettes e duas Crémant. Um grande vencedor com certeza. Pode ser que falte alguém nesse caso minhas desculpas e, por favor, me avise.

27.2.08

O berço do Brut e Dom Pérignon



Muitos ainda acreditam que foi Dom Perignon (1639-1715) quem criou o vinho espumante, o brut. Ledo engano. As primeiras bolhas foram produzidas por abades beneditinos sim, mas não na região de Champagne. É no vilarejo de Saint Hilaire, a poucos quilômetros de Limoux, Sul da França, onde nascerá o primeiro brut do mundo.
Os beneditinos antes de construírem a abadia procuraram determinar qual seria o melhor local para a plantação das vinhas e em seguida escolheram um local imponente, de destaque, para construir sua igreja como manda a tradição da Ordem. Saint Hilaire tem uma grande importância para a história da cidade de Limoux. Esta sempre teve atuação de destaque seja na economia local seja no plano espiritual.
A visita da abadia nos permite descobrir que a capela original é do século V, mas o monastério data do século VIII e a igreja abacial foi construída entre 1147 e 1150 num plano bastante simples com nave central de três espaços entre duas vigas com coro e abside. A abóbada é mais tardia datando de 1198 e 1199. O claustro é posterior de mais de um século. Vê-se também um tabuleiro de xadrez esculpido sobre a arca e também belos afrescos. A casa abacial tem um teto com pinturas do século XVI. Acredito que o maior destaque seja o sarcófago em mármore branco dos Pirineus esculpido em um só bloco, comtrês faces e que representam a prisão, o martírio e o enterro de Santo Sernin, primeiro bispo de Toulouse, em 250. A obra é atribuída ao mestre de Cabestany e servia de altar principal.


INAO reconhece a anterioridade da Blanquette
No entanto será na rústica galeria oeste onde se situavam a adega, o celeiro e o depósito que a Blanquette de Limoux nascerá em 1531.
Documentos históricos de 1544 atestam que o Sieur d’Arques (Senhor dos Arcos), um poderoso senhor feudal do Razès, comemorava suas vitórias militares com a Blanquette. Limoux vê nascer a Blanquette Ancestral, bebida pouco alcoolizada e suave, que tem uma segunda meia-fermentação na garrafa. Feita de uvas mauzac, chamada na região de blanquette, isto é, branquinha devido a sua cor clara.Será somente duzentos anos depois que Dom Pérignon (1639-1715), também um monge beneditino, responsável pela cave da abadia de Hautvilliers, próxima a Epernay, irá desenvolver o método champenoise, hoje chamado também de tradicional. Seria apenas coincidência o fato de ambos serem da mesma ordem religiosa? O fato é que o INAO organismo francês que regula os vinhos de denominação de origem reconhece a anterioridade da Blanquette de Limoux como o primeiro brut do mundo.

13.9.07

Baron Rothschild + Sieur d'Arques = Baron d'Arques


A Sieur d'Arques/Aimery é uma cooperativa muito conceituada enquanto produtora de espumantes - Blanquette e Crémant de Limoux - e produz os melhores chardonnay da França, após Borgonha, claro. Mas lhe faltava uma referência em tintos. Afinal, Limoux é a denominação mais afastada do litoral no departamento do Aude, conhecido pelos seus Corbières, Minervois, La Clape, Fitou...é essencialmente um país de "brancos". Para se posicionar melhor nos tintos realizou uma “joint venture” com a baronesa Philippine de Rothschild que se instalou em Limoux em 1998 e precisava de um parceiro que conhecesse profundamente o "terroir". Foi aí que nasceu o Domaine de Baron d'Arques o melhor tinto de Limoux, 3 estrelas no Guide Hachette 07 e melhor compra da denominação. Vendido na Bolsa ainda não é importado, que eu saiba.
Hoje Sieur d'Arques tem na sua linha Tocques et Clochers alguns vinhos tintos excelentes, super premium, como o Mediterranéen, o Pinot Noir e o Merlot-Grenache da linha Clochers. Este encantou Ligia Peçanha da ABS-Rio, na recente visita desta associação à Limoux. Todos muito bem pontuados. O estrelado Mediterranéen nasce no subterritório Mediterrâneo, por isto o nome. Este é o lado mais quente, mais próximo a Carcassonne que dos Pirineus, apresenta uma colheita mais precoce pelas influências do mar.
Dica: a Casa Nunes Martins (21- 21074700) ainda possui em seu estoque alguns Haut Clochers de 2002 ou 2003, primos do Baron d'Arques, que devem estar muito bons, pois estão guardados numa adega climatizada. Os preços não pagam uma nova importação, creio que na faixa dos 40 reais. É uma pechincha. Vale descobrir. Quem procura algo mais jovem e ainda mais barato sugiro o Pinot Noir da Aimery à venda no Zona Sul, relação qualidade preço imbatível, tal qual seu chardonnay, como nos provou o Célio Alzer numa degustação da ABS-Rio. Outra opção também muito boa é o "primo" Aigle, um premium da Aimery, também à venda no Zona Sul, todos estes girando em torno de 20 reais. Todos do Sul da França, Languedoc Roussillon.