16.1.08

Degustando barricas de carvalho




Na hora de escolher o bom carvalho muitos critérios são utilizados como a seleção da origem (país e região), ausência de nó, ... A degustação normalmente destinada ao vinho se tornará uma forte aliada para otimizar o potencial das madeiras de carvalho e fabricar barris sob medida para os vinhos.
A tonelaria Bel Air, na França, colocou em prática um método original que permite ao produtor escolher o carvalho que comporá sua barrica. A “iniciativa partiu da constatação de que o defeito maior de uma barrica era de levar ao vinho um gosto de verde (gôut de verdeur) isto devido aos taninos de má qualidade”, explica a gerente comercial Karine Massardier. O objetivo é descobrir a qualidade dos taninos e ver o que ele vai levar para o vinho no futuro. A degustação do “merrains”, tábua de carvalho, se tornou então imprescindível.
Os extratos de madeira são preparados a partir de chips dos “merrains”. Eles são amassados e depois diluídos em água. Esta solução é então degustada. Apenas a análise gustativa nos interessa, pois a olfativa só será importante depois de tostada a tábua, o que ainda não aconteceu. A degustação vai permitir acompanhar a evolução do “merrains”.
Como para o vinho cada lote de “merrains” é objeto de degustação regular para acompanhamento de sua evolução. A última degustação é feita antes da entrada em produção e esta determinará três categorias de madeira: leve, média e forte. Segundo as necessidades do produtor poderá ser feita uma associação das madeiras e a escolha também nos permite ser mais preciso no momento de escolher o grau de tostado a ser aplicado a cada lote de carvalho durante o aquecimento, “chauffe”, explica Massardier. O resultado é uma barrica rigorosamente customizada para cada vinho. Fonte: viti-net.