26.2.09

As dançarinas do Moulin Rouge amam os vinhos do Sul da França.

Dançarinas do Moulin Rouge e chef Roland Villard, Embaixador dos Vinhos do Sul da França, na piscina do hotel Sofitel Rio de Janeiro, em ritmo de Carnaval. No detalhe as lindas dançarinas bebem vinho do Sul da França.

O vinho é caro na Argentina



Estive na semana antes do Carnaval em Buenos Aires. A Argentina é o quinto maior país produtor de vinhos do mundo e possui o nono maior vinhedo, tem um consumo por pessoa de 32,5 litros. Números de fazer inveja ao Brasil. Mas o que pude constatar é que o vinho lá é caro. Os primeiros preços giram entre 10 a 13 pesos o que equivale a 2,3 a 3 Euros em supermercado. O espumante Chandon atinge os 10 euros fora da promoção. Todos bem mais caro do que na Europa produtora. Na França, país bem mais caro que Espanha e Portugal, se compra vinho bom a partir de 1,30 a 2 euros e espumante por 4 euros. Sem falar do poder de compra do francês e do seu custo de mão de obra, que deveria fazer com que o vinho fosse mais caro neste país do Velho Mundo. Não é. Nos restaurantes o mark up é menos guloso do que na França, em torno dos 100%, pelo que vi. Quem conhecer mais que me conte, vai me ajudar.

10.2.09

Faça seu AOC no curso de Eologia

Louis Fabre do Château Fabre retira vinhos de base da barrica para
preparar amostras para o corte de seu AOC Corbières.


Durante o curso de Enologia o aluno terá a oportunidade de fazer uma das etapas mais delicadas do processo final de vinificação a “assemblagem” ou corte. É neste momento em que o paladar apurado do vinicultor entra em ação. Aqui ele vai achar o equilíbrio entre cada casta levando em consideração as propriedades organolépticas de cada vinho de base produzido no ano. Lembre-se o vinho deste ano tem de ter como referência o vinho dos anos anteriores.

Neste momento final é que a composição do vinho será escolhida. Quanto de syrah, quanto de grenache, mourvèdre, cinsault ou carignan vão entrar na composição do vinho para que ele exprima da melhor forma possível o terroir e o vinhedo do vinicultor. Que agrade ao produtor e ao público que ele deseja atingir.

Inscreva-se Já.

8.2.09

Forum Internacional de Negócios de Montpellier
















As longas mesas repletas de amostras de vinhos eram adiministradas por uma equipe de estagiárias em enologia que verificavam a qualidade de cada amostra e mantinham os vinhos na temperatura adequada.


Estiveram em Montpellier participando do FIA, Forum Internacional de Negócios de Montpellier o craque da sommelerie brasileira Dionísio Chaves representando a A&M Corporation do Brasil, Hamilton Almeida gerente de compras da rede de supermercados Super Nosso, de Belo Horizonte e o sommelier Alexandre Kuhas da importadora Celebrity de Curitiba . O evento é uma inciativa de Sud de France, promotora e fomentadora de exportação dos produtos regionais do Languedoc Roussillon,
Sua fórmula é muito eficiente e original convida uma centena de importadores de diversos continentes pagando transporte aéreo, local, hospedagem e alimentação e os coloca frente a frente com os produtores da Região. No primeiro dia uma grande degustação. Centenas de vinhos são colocados em mesas (foto) e o potencial comprador circula livremente e vai degustando e anotando o que interessa. Nas mesas Corbières, Coteaux du Languedoc, Minervois, Malepére, Limoux,... E mesmo Costières de Nîmes e Côtes du Rhône, todos do departamento do Gard, que fica no Languedoc. Estes apesar de estarem ligados ao sindicato do Rhône são administrativamente um produto da Região Languedoc Roussillon. Complicado não é?
Depois o comprador passa as informações para Sud de France que informa o produtor do interesse. Se produtor está de acordo é agendado um encontro de 45 minutos. Durante dois dias, num espaço tipo Rio Centro, ocorrem os encontros e as degustações. Na mesa comprador e produtor se apresentam e voltam a degustar os vinhos. A porta está aberta para futuro envio de amostras e negociação de preços. O produtor paga 100€ por encontro e outro tanto por garrafa colocada na degustação. O que por si só é uma seleção.

O resultado é que os encontros só ocorrem quando os dois querem. Eu busquei importadores mexicanos e fiz o pedido no sentido inverso. Pouco usual, mas deu certo.
O programa é assim: no primeiro dia degustação, no segundo e terceiro visita aos vinhedos, castelos e pontos turísticos, como forma do importador se ambientar, conhecer mais o Languedoc Roussillon. No quarto e quinto dia os encontros comerciais. Na última noite um jantar de gala na abadia medieval de Valmagne, oferecido pelo CIVL, Comitê Interprofissional dos Vinhos do Languedoc, encerrava o evento.
Um sucesso.


Esquerda-Os representantes brasileiros Alexandre Kuhas, Dionísio Chaves e Hamilton Almeida na abadia de Valmagne. Abaixo-Dionisio Chaves conversa com o diretor executivo do CIVL, Axel de Woillemont.







5.2.09

Vinho e impostos no Brasil

Realmente o governo busca sempre atrapalhar nossas vidas. Tem horas em que temos vontade de dar um grito anarquista “- Se hay gobierno soy contra”. O vinho brasileiro precisa é que o consumidor tenha facilidade de tomar vinho. Se ele vai tomar vinho originário de uvas de mesa, argentino, francês ou brasileiro é irrelevante. Ele tem é de preferir o vinho à cerveja, ao whisky e à cachaça.
É assim que vamos ampliar o mercado e todos vão ganhar. Vinho mais barato, de mais qualidade e de fácil compreensão vão fazer com que o consumidor opte pelo vinho com mais frequência.
Chega de barreiras que dificultam a escolha do vinho por quem não é iniciado. Vinho é alimento para o dia a dia que deve ser recomendado pelos médicos, com moderação. Afinal, sem moderação mesmo água mata, afogado.
O selo é um enorme passo para trás. A isenção do IPI ou porque não ousar e pedir a inclusão do vinho nacional na cesta básica? Lula não disse que queria que o consumo brasileiro subisse para 5 litros?
Muitos produtores defendem medidas protecionistas. Acho errado. Acredito que a igualdade de condições é o mais justo. Que o imposto de importação seja baixo e que estimule a competitividade. Que o Brasil não seja uma reserva de mercado para o Chile ou Argentina e para ninguém. Que a qualidade do vinho nacional mostre sua força. Como faz o espumante brasileiro.
Você bem se lembra que juntos fizemos uma degustação-promoção de espumantes nacionais de uva moscatel em Frontignan, Sul da França, na ocasião do Muscat du Mundo, e que o público francês adorou as amostras que você trouxe.
Acho que o exemplo a seguir é do espumante brasileiro que tem preço muito bom e qualidade idem. Vejo o espumante brasileiro ganhar mercado, medalhas e prêmios. Que tintos e brancos sigam o exemplo.
Eu que represento um produtor francês de espumante fico feliz quando o brasileiro prestigia o espumante nacional. Quando este opta por um espumante ele está ampliando o mercado para todos, seja produtor de crémant, blanquette, prosecco, champagne ou cavas. O consumo de espumantes no Brasil aumentou e minhas vendas também. Se o vinho brasileiro seguisse o mesmo exemplo e oferecesse bons produtos a bons preços o viticultor brasileiro venderia mais e eu também. Nos EUA quando caem as vendas de champagne, historicamente está provado, caem também as vendas do meu Crémant de Limoux e dos espumantes californianos. Eu quero que o consumidor beba bons produtos, que pague o justo preço e fique satisfeito com o que comprou.
Juntos devemos todos, especialmente os iniciados, desmistificar o vinho. Vinho é bebida fácil, é bebida para o dia a dia e as refeições. Vinho é alimento e faz bem à saúde. Ninguém precisa de diploma para beber vinho. Que o rótulo seja de fácil compreensão, que o vinho dê prazer e que seja agradável e ao alcance do bolso. Cumprida esta tarefa os grandes vinhos, nacionais e importados, todos terão maior aceitação.

Por um vinho democrático.
Pelo vinho na cesta básica.
Por menos impostos para todos.

Rogerio Rebouças

2.2.09

II Curso de Enologia no Sul da França de 17 a 30 de maio de 2009

O Diploma do Curso de enologia é válido em toda a Europa e é emitido pelo Ministério da Agricultura.



O 2º Curso de Formação em Enologia Profissional é voltado para brasileiros e oferece um Diploma com validade nacional na França emitido pelo Ministério da Agricultura e da Pesca por meio do Centre de Formation Professionelle et de Promotion Agricolesdes Pays d’Aude - Le Quatourze, de Narbonne, Languedoc, Sul da França. O Quatourze é uma escola pública o que, diferentemente do Brasil, é muito positivo e valoriza a formação.

O curso de Enologia aqui apresentado faz parte dos módulos necessários para obtenção do Brevet Profissional de Responsável de Propriedade Agrícola - BPREA - na especialidade vinha e vinho. Esta é a formação necessária para se tornar um produtor ou como se diz na França um “vigneron”. O curso completo, 1280 horas, garante a obtenção de um diploma nacional de nível IV, equivalente ao BAC, que abre as portas para a formação superior.

O módulo, unidade de capitalização, UC, de Enologia tem carga de 70 horas aula. Para obtenção do Diploma do módulo haverá prova de avaliação ao final do curso; com fé pública em toda França. Será ministrado em francês, com tradução simultânea a cargo da Consultoria Com.Aude de Rogerio Rebouças, brasileiro,jornalista especializado em vinhos e residente no Languedoc que fez o BPREA em 2005/2006.

Como se trata também de uma descoberta do Sul da França uma dose extra de degustação será ministrada.

O curso será proferido por enólogos do corpo docente do CFPPA des Pays d’Aude. Haverá palestras específicas e visitas técnicas às propriedades vitícolas da região.


Novidades em 2009:

Jogos: Faça seu AOC – O aluno terá a oportunidade de elaborar a partir das castas básicas seu vinho AOC. Objetivo: atingir a mesma qualidade do vinho do produtor segundo os parâmetros legais da denominação de origem.

Harmonização – Num grande restaurante o aluno será o responsável pela harmonização de menu típico do Languedoc Roussillon com os vinhos da Região.


De 17 a 30 de maio de 2009.

PREÇOS INCLUEM

  • 13 noites de hotel com café da manhã em Narbonne
  • Curso de 10 dias úteis de Enologia Profissional na Escola Le Quatourze de Narbonne
  • Formação e material didático em português a ser fornecido pelo CFPPA des Pays d’Aude
  • Tradução das aulas
  • Traslado Aeroporto Montpellier/hotel em Narbonne e vice-versa
  • Traslados diários hotel/escola/hotel
  • Traslados diários escola/restaurante/escola
  • Transporte às visitas didáticas durante o período de aula
  • Acompanhamento e tradução de Rogério Rebouças (ComAude Marketing & Export)
  • Seguro viagem (Tratado de Schengen)
  • Valor 4 x 445€ somente parte terrestre por pessoa em apartamento duplo.
  • Consulte preço de à vista.

TORNAVIAGEM

Av. Almirante Barroso, 63/S. 1105
Centro - Rio de Janeiro RJ
cep 20031-002
Tel.: (21) 2510-4195