30.7.09

O resultado do concurso Corbières 2009


Saiu o resultado do Concurso 2009 dos vinhos AOC Corbières, a maior denominação de origem do Languedoc. Faço aqui um resumo privilegiando os produtos à venda no Brasil. A premiação é como nos Jogos Olímpicos, ouro, prata e bronze nas três cores, sendo que os tintos são divididos em duas categorias envelhecidos em barris de madeira ou não. A seleção é boa mas falta muita gente do Sul da França chegar ao Brasil.

Medalha de ouro tinto com madeira: Cuvée Sextant 2006 do Celliers d’Orfée, Eidos 2007 do Château La Bastide(Decanter), L’Optimée 2007 Château La Bastide ( Decanter), C de Camplong, Cooperativa de Camplong ( Enoteca Fasano) e Cuvée de Vignerons de Camplong ( Enoteca Fasano).

Medalha de ouro tinto sem madeira: Peyres Nobles de Camplong ( Enoteca Fasano).

Medalha de prata branco: Blanc Tradition, Château La Bastide (Decanter).

Medalha de bronze tinto com madeira: Château St. Esteve (Zona Sul) e Chris Limouzy, Celliers d’Orfée.

29.7.09

17ª Millésime Bio


A 17ª edição de Millésime Bio será realizada de 25 a 27 de Janeiro de 2010 em Montpellier, Sul da França. A maior feira mundial de vinhos orgânicos contará com 354 expositores da França, África do Sul, Alemanha, Inglaterra, Itália, Portugal, Espanha, Polônia e Romênia.
Em 2009 os visitantes compradores de mais de 700 empresas de 32 países participaram e descobriram novos vinhos orgânicos. Houve aumento de 27% de expositores e 50% de compradores. 2010 promete ser um sucesso venha você também.

28.7.09

Até onde vai o sucesso dos Malbec? Os profissionais argentinos se perguntam.

40% dos vinhos exportados pela Argentina são da casta Malbec. Este ano as exportações de Malbec creceram de 23% em volume e de 21% em valor. Seus três primeiros mercados são EUA ( 50%), Canadá (10%) e Inglaterra (5%). Se a tendência vai cointinuar não se sabe. As opiniões são variadas mas todos apontam para um aumento no entanto, este pode ser mais lento nos próximos anos. Motivo?
A casta não é considerada pelos experts como capaz de dar grandes vinhos como a cabernet, a merlot,...
A maior parte das garrafas são vendidas a menos de 18US$ nos EUA. Nesta faixa de preço os compradores não são fiéis.
A imagem da Argentina não é suficientemente qualitativa nem variada. Alguns dizem que é um produtor de vinhos de baixo preço.
O Malbec é um vinho da moda, mas ainda não é um clássico.
Na França, em Cahors, onde ela nasceu, o bag da Malbec é maior e segundo Alain Gayda, ex-presidente da União de Enólogos da França, seria o principal motivo de uma qualidade superior da uva na Argentina, que menor e mais concentrada. Já começaram a chegar na França mudas da variedade Argentina. Esta uva também é conhecida como cot no sul da França.
(Rogerio com Vitisphere)

17.7.09

Eduardo Viotti entrevistado da Revue du Vin de France


La Revue du Vin de France selecionou 13 estrelas da degustação mundial para comentar a presença do vinhno francês no mercado internacional. Apenas craques: Jancis Robinson, Robert Parker, Simon Tam, Joel Payne, ... e o escolhido para falar em nome dos especialistas brasileiros foi Eduardo Viotti, da Vinho Magazine.

A matéria traça um perfil do vinho francês segundo cada degustador. Viotti fala da boa imagem do vinho francês no Brasil, mas mostra sua perda de mercado face aos vinhos de Chile, Argentina e Portugal. Os vinhos bons e baratos da França quase não chegam ao Brasil, afirma Viotti.

Interessante notar que a matéria de capa da RVF é um painel dos 100 melhores vinhos tintos do Languedoc e por coincidência um painel sobre os vinhos do Languedoc é tema da atual edição de Vinho Magazine, sintonizada.

Os vinhos do Languedoc são o que a França pode de melhor oferecer em custo/qualidade ao Brasil e ao mundo. Vinhos entre vinte e trinta reais podem ter pontuação entre 7,5 e 8,5 sobre um total de 10 pontos. Trazendo frutas, frescor, castas diferentes, elegância e convivialidade. Melhor Impossível.

13.7.09

Lionel Giraud será o chef do III Festival Sud de France no Brasil

Na busca para selecionar o chef francês do Languedoc Roussillon, que irá ao Brasil para o III Festival Sud de France, fui jantar no La Table du Saint Crescent, do chef Lionel Giraud . Selecionado pelo Guide Michelin, chef Giraud recebeu sua primeira estrela aos 25 anos. Hoje aos 31 e após ter reformado e comprado o imóvel onde se situa, a Table du Saint Crescent, seu objetivo é chegar à segunda estrela este ano.
Um dos líderes do movimento de democratização da alta gastronomia que ele chama de fast good, em contraposição ao fast food. Defende uma comida saudável, criativa e saborosa. Seus pratos são verdadeiras obras de arte. Tanto no aspecto visual como no paladar.
No menu “confiance” de 5 pratos, sobremesa, queijos e com direito a diversos “amuse bouche”, os vinhos do Languedoc a servidos foram chardonnay, sauvignon blanc, ambos Vin de Pays d’Oc, leves, um corbières blanc com corte de grenache branca e macabeu, da cooperativa de Embres Castelmaure e um belo tinto do Minervois o Domaine Sicard 2003. Todos se harmonizando muito bem. Destaco o Corbières branco bastante aromático, cítrico e que em alguns momentos lembrava um sauvignon e com seus aromas de grapefruit. O tinto era encorpado, longo, persistente, amplo e macio. Combinou muito bem com o peito de porco em compota ao vinagre balsâmico e sua espiral de batata Vittelotte ao grão de café.
Fiquei com a impressão de que será um grande sucesso de crítica e público. Acredito que suas idéias vão instigar a imprensa. Em outubro no Le Pré Catelan do Rio e no P. Verger de São Paulo, ambos da rede Sofitel.
Na foto ravioli de ostras, quente ao centro, espaguete e presunto da montanha Noir.

3.7.09

Vinexpo: a esperança é o BRIC

Carlos Eduardo Nogueira da Miolo apresenta seus vinhos.

Na Vinexpo, em Bordeaux, de 21 a 25 de junho, pude notar a presença de muitos brasileiros e de gente de todo o mundo. Se a perspectiva do salão este ano era pessimista, com expectativa de menos 15% de publico, a realidade se mostrou mais otimista, menos 8%. Se não foi um evento para tirar o setor da crise, por outro lado ele fez seu trabalho e movimentou o mercado como de costume. Se para alguns foi melhor para outros foi razoável. Uma aposta no BRIC (Brasil, Índia, Rússia e China) se confirmou. É destes países que o mercado espera ter um crescimento de demanda antes dos demais. Um painel sobre o BRIC aconteceu durante o salão.

O Brasil esteve presente com alguns produtores como a Miolo, Lídio Carraro, Casa Valduga e Dom Laurindo. Tive a oportunidade de provar os vinhos da Miolo e digo que gostei bastante do RAR(Rogerio de Almeida Rebouças) e do merlot Terroir, o badalado lote 43 me cansou. Achei muito importante a participação brasileira, todos juntos sobre a mesma bandeira tal qual Chile, Argentina, Itália, Espanha,... Brasil já confirmou presença em Vinexpo Hong Kong 2010 e Bordeaux 2011, com mais expositores. Sucesso. Qualidade tem. Espero que no Brasil possamos tomar os mesmos vinhos com os preços exportação. Sensivelmente mais baixos.

Se a presença estrangeira representou 35% do publico presente, foram os cavistas (lojistas) franceses, que sofrem mais a crise, que deram o bolo. Do lado internacional Coréia e Formosa decepcionaram. Brasil, China e Europa do norte aumentaram sua participação. Estavam presentes: Grand Cru, Interfood, Casa Flora, Expand, Casa do Porto, Tio Sam, Vinea Store, Cantu, Santa Luzia, Club du Taste Vin, Fasano e Zona Sul. Rio, São Paulo e Bahia disseram presente.

Dânio Braga, o craque nacional, era cumprimentado por onde passava, em italiano, francês, espanhol,...François Dupuis mesmo com agenda cheia tinha tempo para um papo com os amigos. Jorge Lucky se desdobrava entre a sala de imprensa, degustações, a consultoria para a Interfood e nos momentos de folga um alô pros coleguinhas. Arthur Azevedo, sempre simpático, percorria os stands ora com os sommeliers profissionais ora com importadores brasileiros. Aguinaldo Zakea acompanhava o boss da sempre ativa Vinea Store Walter de Souza e seu diretor de marketing Ivan Hannickel. O atencioso Roberto Jerfer, Fernanda Milred e Ana Rita da Expand visatavam antigos e novos fornecedores. Espero que todos tenham feito bons negócios.

Os grandes do Languedoc Roussillon ficaram no pavilhão 1 junto aos outros grandes châteaux, domaines e negociantes. Foi o caso de Chamarré, Gerard Bertrand, Jean Jean, Sieur d’Arques e Val d’Orbieu ( Vignerons de la Mediterranée). No pavilhão dois os independentes do Languedoc se juntavam a italianos, espanhóis e alguns bordelenses. Destaque para Famille Fabre, Rocbère e Bon Fils.

Esta é a sala de imprensa, mas bom mesmo era o bar da imprensa na sala ao lado.

1.7.09

Calor no Languedoc


Uma frente quente se instalou no Languedoc e a temperatura chega a atingir 38ºC, fácil. A garotada faz igual nos subúrbios do Rio e se refresca como pode. O fogo é outra presença constante no verão ontem foi em Caune-Minervois que um bosque de pinheiros ardeu. Mas as vinhas seguem bem pois suas raízes são profundas e buscam água até mesmo abaixo dos 50 metros. Como as chuvas na primavera e inverno foram generosas e o tempo está seco, o que diminuiu os ataques de mildio e oídio, até agora tudo vai bem com a safra 2009. Ou melhor com seu vinho de 2010.