25.11.08

Laboratório italiano estuda a uva mauzac para Aimery-Sieur d'Arques



Os viticultores da Cooperativa de Aimery-Sieur d'Arques, situada em Limoux, Sul da França, iniciaram um estudo sobre a casta mauzac que é a base da emblemática Blanquette de Limoux, o primeiro brut do mundo. Os resultados ficarão prontos em dezembro e serão divulgados durante o salão Mundial de Tecnologia da Vinha e do Vinho de Bordeaux.

Sempre à frente do seu tempo Aimery-Sieur d'Arques vem inovando há anos. Primeiro foi a carta dos territórios de Limoux - a denominação passou a ser subdividida em 4 terroirs bastante distintos - seguida da seleção de parcelas e de um controle de maturidade cada vez mais sofisticado e preciso. Foram grandes os passos e para se manter sempre à frente encomendou um estudo científico sobre as diversas variedades, os clones, de mauzac existentes em Limoux.

Segundo Alain Gayda (que estará no Rio dia 26 e 27 de novembro a convite do supermercado carioca Zona Sul) o objetivo é estudar as diferenças genéticas das diversas mauzac para colocar em evidência a variedade que corresponde perfeitamente ao que desejamos de uma Blanquette método ancestral (o primeiro do mundo), a brut (método tradicional ou champenoise) e para o chamado vinho tranquilo. “Nós conhecíamos até o presente momento o efeito território, millésime, mas subestimávamos o efeito clone. Este passará ser para nós um novo critério de seleção.

Para realizar este estudo os técnicos da cooperativa observaram todas as parcelas de uvas mauzac das quatro variedades existentes sobre os 800 hectares da casta. Foram analisados rendimento, estado sanitário, maturidade e em seguida foram enviadas ao laboratório no norte de Veneza, o nome deste será divulgado apenas em dezembro. Com uma tecnologia ultramoderna de micro-vinificação e de pesquisa. "Em Bordeaux durante o salão degustaremos pela primeira vez os vinhos resultantes desta experiência", promete Gayda.