30.12.09

Balanço e perspectivas de final de ano

Na ilustração o mapa do vinhedo orgânico (bio) da França.

O ano de 2009 acaba e deixa para trás muitas lembranças ruins para o mundo do vinho. A continuação da crise com consequente queda dos preços na produção, diminuição da quantidade de propriedades vitícolas, menor superfície plantada e diminuição da renda do agricultor. Desta vez mesmo os Grand Cru de Bordeaux e a Champagne, dois ícones do triunfo da viticultura francesa, sentiram o baque. Resultado foi queda do consumo e preços em baixa.
Apesar da crise e sem sermos muito otimistas alguns momentos de 2009 nos deram sinais bastante positivos.
As vendas dos dois maiores leilões de vinhos da França Hospices de Beaune, Borgonha, e Toques et clochers, Limoux, foram bem superiores a 2008, o que é um bom sinal para o ano que se aproxima. O interesse pelo vinho na França e no mundo não diminuiu como pudemos ver em Vinexpo e de forma ainda mais forte no recente Wine Futur Rioja, na Espanha. As inscrições para Vinisud em fevereiro, em Montpellier, estão de vento em popa e há muito os hotéis estão lotados.
O crescimento da viticultura sustentada (raisonée) e orgânica seguem firmes e são uma tendência dominante. Uma terra mais limpa se avizinha.
Como sempre os que foram mais criativos, perseverantes e ousados conseguiram driblar a crise, conquistar novos mercados e por que não dizer crescer.

As vendas natalinas estão firmes. No Brasil seguem bastante aquecidas graças a um câmbio correto. O ano que chega tem tudo para ser maravilhoso. Feliz “millésime” 2010 para você.