31.8.07

Entrevista Denis Verdier, Presidente dos Vignerons Cooperateur de France - parte 2


OS PREÇOS VÃO AUMENTAR

- Do ponto de vista econômico é uma colheita que promete. Esta deve ser a colheita da esperança, após três anos de crise com os viticultores perdendo em média 800€ por hectare. O que tem como conseqüência o empobrecimento do meio rural. Mas esta safra é o momento de aumentar os preços.

- Aumentar?
- Sim, pois em 2006 conseguimos esvaziar nossas cubas (estoques), principalmente os vinhos varietais e regionais (VDP), que registraram um aumento de 30% das vendas. (Vale lembrar que o Languedoc produz 80% dos varietais e VDP da França). Eles tiveram uma baixa de preços de 15%, ficando nos níveis dos custos mundiais o que favoreceu a venda. Foi sobre tudo na exportação que obtivemos sucesso. Mas o consumidor não percebeu esta baixa dos preços que não pois ela não foi transferida pelos supermercados ao consumidor final. Assim, adicionando a isto uma safra menor e um baixo estoque as condições para um aumento de preços estão dadas.

-Como?
Este ano temos a convicção de poder vender 15 a 20% mais caro nossos vinhos. Precisamos convencer os grandes distribuidores de que com o preço atual não podemos sobreviver. É o ano pra recuperarmos a esperança. É uma etapa a mais para sair da crise, mesmo que saibamos que isto não resolverá todos os nossos problemas. Há mudanças estruturais a fazer. A partida não está ganha mas há elementos de esperança.

-Como este aumento se dará?
- Devemos começar pelos brancos varietais e pelos vinhos regionais de forma que estes sirvam de locomotiva aos tintos e rosés.

30.8.07

Entrevista com Denis Verdier Presidente dos Vignerons Cooperateus da França Parte 1


Entrevista com Denis Verdier, produtor e presidente dos Viticultores Cooperados da França e do Gard, departamento do Languedoc, Sul da França, conhecido pelos seus AOC Costières de Nîmes e seus vinhos regionais (vin de pays -VDP).

COLHEITA EXCELENTE NO SUL

- Como se desenvolvem as colheitas?
Elas começaram sobre as castas brancas, chardonnay e sauvignon principalmente. As tintas devem começar na próxima semana. Todas as previsões indicam uma safra nacional menor, em torno de 49 milhões de hectolitros contra 54 no ano anterior. A diminuição deve ser importante no Languedoc-Roussillon, com destaque para os departamentos dos Pirineus Orientais, Aude e Herault. Aqui no Gard devemos nos manter no mesmo volume de 2006.

-Devido à meteorologia de medíocre deste ano?
- Choveu muito na primavera, o que provocou um forte progresso do míldio, mas os viticultores trabalharam bem e souberam lutar contra este ataque. Não haverá incidência sobre a vinificação. Atualmente as noites são frescas e as videiras não sofrem com o calor. A colheita está antecipada de 15 dias.

-Como isto se traduz para o vinho?
Os enólogos estimam que a millésime 2007 tenha uma cor bem sustentada, com aromas bem presentes. Por exemplo as uvas merlot serão muito aromáticas . É um ano ideal para produzir vinhos festivos, vinhos fáceis de beber, bem frutados que agradam ao mercado internacional.

- Será um grande ano?
Deverá ser. Nós estamos muito satisfeitos do potencial dos vinhedos, tanto da qualidade quanto da quantidade. No mais organizamos as colheitas com precisão de relógio Suiço, em função dos produtos que o mercado deseja. Por exemplo os brancos e rosés serão colhidos à noite, para se beneficiarem de temperaturas mais amenas que permitem extrair todo o frutado das uvas.
Extraída do Midi Libre, um jornal regional do Sul da França.

29.8.07

Degustação do Domaine de Blanquières, AOC Corbières rosé.

Muito se engana quem pensa que nos Corbières apenas os tintos são excelentes.
Há vinhos rosés de fazer inveja a muito Tavel e Provence. Confira no vídeo a degustação dirigida com Sophie Pujol, "winemaker" da cave de Névian. Direto do Sul da França.



28.8.07

Colheita nos Corbières começa excelente e melhor que 2006.



Para Sophie Pujol, diretora da Cave de Névian, situado nos Corbières perto de Narbonne, Sul da França, a safra 2007 tem se mostrado excelente. Começamos a colher as castas brancas e a primeira é a chardonnay, que está com boa acidez, por causa das chuvas da primavera, os aromas estão mais frutados e o potencial de álcool está correto. Na próxima semana passamos para a merlot, que é uma cepa de maturidade mais precoce e a cinsault, que é a base de nossos rosés, as demais tintas serão colhidas entre 10 e 15 de setembro. O rosé Domaine de Blanquières, importado pela Grand Cru, será com certeza mais aromático na safra 2007.
Provamos as uvas e também os primeiros sucos e o que podemos perceber é que se a meteorologia continuar boa, como está previsto, esta safra será melhor que a de 2006 que foi muito boa, nos assegura Sophie Pujol.

27.8.07

A paisagem começa a mudar no Languedoc




Em época de colheita tratores e colheitadeiras, grandes máquinas estranhas, começam a serem vistas nas cidades, nas estradas nacionais e departamentais. São os viticultores que fazem a colheita manualmente ou com as econômicas colheitadeiras e trazem em pequenas caçambas suas uvas para o château ou para a cooperativa.
As colheitadeiras evoluíram muito e hoje, as mais modernas, são eficientes, econômicas, rápidas e não ferem as vinhas como antigamente. Num momento em que o preço da mão-de-obra na França custa os "olhos da cara" é uma solução correta para os vinhos menores e medianos. Mesmo alguns bons vinhos, bem pontuados, tem suas uvas colhidas mecanicamente. Afinal, ela retira bagos inteiros, sem folha e sem suco. Intactos.
para evitar acidentes placas como a da foto pedem aos motoristas para terem cuidado com os viticultores e seus tratores. Na foto uma colheitadeira New Holland.

24.8.07

Balanço positivo das últimas safras do Languedoc


Acaba de ser lançado pela editora Albin Michel a 28ª edição do Guia Patrick Dussert-Gerber. Este aproveita a oportunidade para fazer um balanço das últimas safras de diversas apelações. Nós do Blog nos contentamos com seus comentários sobre o Languedoc. Mas nem sempre estamos de acordo, pois acredito que ele tem uma visão míope sobre o Sul da França.
" Eu apoio os homens e mulheres que se agarram a criar vinhos típicos nestes territórios de "garrigue" (vegetação agreste onde predominam o tomilho, alecrim, funcho selvagem e hortelã), controlando os rendimentos e respeitando sua especificidade. Esses territórios tem o potencial para que se criem grandes vinhos de classe, sem querer copiar esta ou aquela denominação mais conhecida com castas inapropriadas. para alguns, o exagero dos preços de alguns recentemente "reputados" começam a desinchar seus preços. As safras de 2004 e 2003 são um sucesso e as de 2002 e 2000 saborosas", declara Gerber.
Eu amos os vinhos típicos da região, são meus preferidos. Mas o que Gerber não enxerga é que o Languedoc-Roussillon é o maior vinhedo do mundo e como tal está exposto aos ditames do mercado. Não pode ser dar ao luxo de fazer apenas vinhos autênticos. Vinhos modernos, vinhos fáceis de beber, bons vinhos, varietais de merlot, cabernet ou pinot noir também podem e devem ser feitos no Sul da França. Seria a falência de muitos esta miopia de marketing. A região além de uma vocação para vinhos autênticos que exprimem o terroir, também faz vinhos modernos de alta qualidade e 80% dos vinhos regionais, varietais ou de assemblagem, de toda a França.

23.8.07

Béziers e a Sétima Legião Romana


Béziers que fica entre Narbonne e Montpellier, na costa Mediterrânea, sendo no Languedoc antigo, a única cidade de direito Romano, tal qual Narbonne. Colônia Romana desde 36 A.C., Baeterra, seu nome de origem, acolheu os Septimaines, veteranos da 7ª Legião de César. Um dos nomes pelo qual é conhecida esta região é Septimanie, o que pode ser visto nos mapas de história antigos. Recentemente o governador da Região, Georges Frèche, tentou mudar o nome da Região de Languedoc para Septimanie, pois para ele que é professor de história, Languedoc tem mais haver com Toulouse, sede do condado na época cátara, na idade média. Porém, o povo não aprovou e ele teve de voltar atrás.
Foram estes legionários os primeiros a plantar a vinha na França, ao lado de Narbonne, no Quatourze, pois até então apenas Roma podia produzir vinho. Elas eram exportadas em ânforas para toda a bacia do Mediterrâneo. Sítios arqueológicos de olarias existem às centenas, um muito simpático de se visitar é em Salles d'Aude, onde há um museu, vídeo de apresentação, e escavações. Uma ânfora produzida com forno e tecnologia da época pode ser comprada no local. Como já disse aqui no Blog o sucesso foi tão grande, mesmo em Roma, que a produção foi proibida décadas depois.
Béziers hoje produz os Coteaux du Languedoc nas três cores. É dividido em oito zonas climáticas onde destaco La Clape, Pic Poul de Pinet, Grès de Montpelleir e Pic Saint Loup. São nove os territórios que também tem o direito de constar dos rótulos e seleciono o Quatourze. O de Béziers é a zona climática Terrasses de Béziers. O relevo e a geologia são determinantes nesta escolha. Pic Saint Loup é um dos terrenos mais caros do Languedoc, produzindo excelentes vinhos como o Château de Cazeneuve, les Calcaires, branco com 91 pontos na WS e o tinto Le Roc des Mates com uma estrela no Guide Hachette.

21.8.07

Colheita precoce e míldio no Languedoc, chuvas em Bordeaux e Bourgogne


A precocidade da colheita já é uma realidade no Sul da França. Mas não apenas aqui, no Beuajolais a colheita começará em 25 de agosto, na Provence já começou. Os viticultores de Bordeaux e do Beuajolais terão muito trabalho na vinificação pois a safra não promete ser das melhores. O ano ruim e as perspectivas de chuvas deixam o horizonte turvo no departamento de Gironde. Neste momento chove em toda a região bordelaise, na Bourgogne, Champagne e no norte do Rhône. Veja no mapa acima.
No Languedoc-Roussillon como no Sudoeste e na Provence o estrago ficou por conta do míldio. Quem não tratou sofrerá as consequências. O ano anterior exigiu menos cuidado do viticultor que foi favorecido por um clima seco, de poucas chuvas e ventos do norte. Este ano a predominância do vento "marin", garoas freqüentes e mais frescor criaram condições ideais para o desenvolvimento deste fungo. O que exigiu passar mais vezes os produtos defensivos. Segundo Guilhem Marti, diretor técnico da cave Sieur d'Arques, Limoux é tradicionalmente menos atacado que o conjunto da região, porém mesmo aqui cuidados extras foram necessários.

EM LIMOUX A COLHEITA COMEÇA NA PRÓXIMA SEMANA
Em Limoux, região de espumantes e brancos, o clima chuvoso permitiu um aumento da acidez o que é excelente para os Crémant e Blanquette de Limoux, assegura Guilhem Marti. Começaremos pela chardonnay, depois a pinot noir e em seguida mauzac, outras brancas e finalmente as uvas tintas.
A colheita dos tintos deve acontecer em meados de setembro. Mesmo que não chova nas próximas semanas não haverá estresse hídrico, pois o lençol freático foi reposto este ano. Sendo que para os tintos um pouco de estresse ajuda. Na verdade os próximos quinze dias serão fundamentais para sabermos se a colheita será realmente boa. Espero que não tenhamos grandes chuvas, prognostica Bernard Robert, do Domaine de Fourn.

19.8.07

Entrevista com Sophie Pujol diretora da cave de Névian produtora do Domaine de Blanquières, Corbières rosé

Sophie Pujol é quem seleciona as uvas e vinifica todos os vinhos da Cave Cooperativa de Névian. Os vinhos tem a sua cara. Se o viticultor não trabalhou direito ela desclassifica a uva que não fará parte dos grandes vinhos da Cave e será vendida em pipas. Gentil, delicada, mas firme e consciente de que seu trabalho exige uma busca incessante pela qualidade. Prova disto é que o rosé Domaine de Blanquières obteve medalha de ouro no Concurso Geral Agrícola de Paris em 2005 e 2006. Este ano quem levou a medalha de ouro foi o château Fédane, o outro rosé da Cave. Vale dizer que os tintos também são ótimos. Um prêmio para quem há poucos anos deixou a Câmara de Agricultura do Aude e assumiu a direção de uma importante cave próxima de Narbonne, no Corbières, Sul da França.

17.8.07

As Vinhas e a Franco-Maçonaria é lançamento que deve encantar "irmãos" e atrair a curiosidade de "profanos".




A Maçonaria, como se sabe, nasceu nas tabernas e desde os primeiros jantares ritualísticos os seus brindes marcam o ritmo dos "agapes". O vinho sempre teve um papel importante na Maçonaria e na sua sociabilidade. Desde a Antiguidade e nas "religiões de mistério" todos os movimentos religiosos e espirituais conferiram um caráter simbólico ao vinho. O que também é o caso da Maçonaria.

É por isso que Magali Aimé explora em seu Les Vignes e la Franc-Maçonnerie, este universo de simbolismo e história do vinho nesta sociedade discreta. O livro busca mostrar a íntima relação entre produtores maçons que levam para seu vinhedo toda a experiência adquirida nos templos maçônicos. Ainda não traduzido para o português.
No Sul da França Magali Aimé encontrou-se com Docteur Parcé do Domaine du Mas Blanc, em Banyuls-sur-mer e com Bernard Roubine do Les Vignerons de Maury, em Maury. Ambos buscam fazer com seus alicates de poda operativos e seus compassos especulativos, ano após ano, vinhos que se aproximem da perfeição.

14.8.07

Colheita francesa será 6% menor que em 2006 e no Languedoc igual a 2003



O Ministério da Agricultura francesa reviu para baixo as estimativas de Viniflhor, realizadas em 1º de julho, em função das más condições climáticas. O volume total deve ser de 49,9 milhões de hectolitros contra uma previsão inicial de 50,7 milhões hl. A colheita será uma das menores desde 2000 superando apenas a de 2003 quando houve o fenômeno da canícula.
Ainda segundo o Ministério da Agricultura os AOC e VDP terão uma queda de 3%. Já os vinhos para cognac terão diminuição de 9% e os VDQS de 16%.
No Sul da França a retirada de pés de uva que se eleva a dez mil ha, os danos de oídio e míldio, bem como a pouca chuva colocarão a safra no mesmo volume de 2003. A colheita deverá começar dez dias mais cedo que no ano anterior. Na verdade tivemos uma ótima primavera, o que antecipou a vindima, mas o verão está bem medíocre.

13.8.07

Les Aspres, um Cru Roussillon




Vista do pico do Canigou e do vinhedo de Les Aspres à direita e o Le Partage à esquerda.




Resultado de um trabalho de 15 anos da hierarquização dos territórios de Côtes de Roussillon, Sul da França, é o surgimento do Les Aspres. Esta nova denominação é delimitada pelo vale do rio Têt e do Tech, pelo maciço de Albières e a montanha do Canigou, que é o pico mais alto dos Pirineus, do lado oriental, com 2766 metros, bem pertinho da Espanha no departamento dos Pirineus Orientais. O solo é de predras de rio seixadas e as castas são carignan, syrah, mouvèdre e grenache. Apenas tintos são poduzidos e devem ser vinificados e elevados ao longo de um ano. Seu lançamento é sempre em 22 de janeiro, dia de São Vicente.
Passeando um pouco além da região dos vinhedos, perto das estações de ski de Font Romeu, ma s ainda no Roussillon, visitei uma pequena feirinha do vilarejo de Matemale. Foi quando encontrei Isabelle Roux que com seu marido Didier Van Ostenghem possuem o Domaine de Demoiselles, Didier cuida da viticultura, trabalhando a terra de forma sustentada, sem uso de adubos químicos. Isabelle cuida da vinificação. Seu Côtes de Roussillon Les Aspres é o Le Partage e tem um corte de 60% syrah, 30% grenache e 10% carignan, segundo Isabelle para guardar a autenticidade do terroir. Afinal, são belas vinhas de carignan que beiram os 70 anos, uma jóia rara, assegura. O resultado é um vinho rico e autêntico com notas de frutas maduras e alcaçuz. Um vinho amplo de taninos presentes e macios, merecendo ainda envelhecer mais um ou dois anos para atingir seu melhor momento de degustação. Acompanha carnes vermelhas com molhos.

A CARIGNAN
Eu corroboro a afirmativa de Isabelle e quem, como eu, conversa muito com os produtores e enólogos da região, não tem receio de vinhos que contém velhas vinhas de carignan ou carignan plantada nas encostas. Ressalto o velhas vinhas pois é com a idade avançada que a cepa atinge seu apogeu e dá bons vinhos. Seu rendimento cai abaixo de 30 hl/ha e sua concentração é fabulosa. Dá corpo e calor ao vinho. Plantada nas encostas a carignan tem rendimento médio, na planície, por ser robusta, rende muito diminuindo sua concentração. Este é o perigo, mas a maior parte das carignans que restaram estão nas encostas e em solo pobre. Como convém.

10.8.07

Tem sempre um rosé que é a sua cara


Existem rosés de todas as tonalidades. Do rosa pálido ao âmbar passando pela cereja e o salmão, da cor da pele de cebola até a cor do olho da perdiz. O método de elaboração é de livre escolha do produtor, podendo ser por retirada de uma parte do suco no momento da encubagem dos bagos tintos para aumentar a concentração, o chamado sangrado, ou por prensagem direta, suavemente, da colheita. A sangrada pode nos oferecer vinhos mais coloridos, mais aromáticos e estruturados.Este é o preferido no Sul da França. A prensagem direta é como a vinificação dos brancos e irá nos oferecer vinhos mais claros. Em todo caso os vinhos rosés devem ser preferencialmente bebidos em 1 ou 2 anos. Bem gelado ou mesmo on the rocks, como nos diria o David Niven. Escolha o seu rosé, sem preconceitos.

9.8.07

O preço da colheita



O portador do grande cesto, porteur, é o mais bem pago durante a colheita.


Como vocês puderam ver na matéria abaixo a hora da colheita está se aproximando. Os vinhedos do Sul da França não estão tendo nenhum ataque de mildiou ou de oídio que justifique um tratamento maior do que o preventivo como dissemos no Flash Agrícola anterior. Inflavescência dourada e verme da uva requerem, em alguns territórios, maiores cuidados. Nada grave.
Para quem quer curtir uns dias na França e quer saber quanto se está pagando para realizar a colheita informo: o carregador está sendo pago 8,64€/h, esvaziador de baldes 8,53€, o cortador dos cachos 8,44€. Todos tem direito a 1,5 litros de vinho por dia, que está valorado em 0,27 euros o litro. Alguns produtores tem estrutura de alojamento para os "vendangeurs". Estes preços são a referência no Corbières,Languedoc, Sul da França. Se você não for europeu ou não tiver uma "permis séjour" cuidado com a fiscalização do trabalho e imigração, pois estará irregular.

7.8.07

Recorde de precocidade nas primeiras colheitas francesas em Rivesaltes



Os primeiros cachos de uvas francesas foram colhidos dia 2 de agosto nos vinhedos de Rivesaltes, no Roussillon, Sul da França. As primeiras parcelas colhidas do Domaine de Rombeau são da casta muscat petit grain. Seu teor de açúcar é equivalente a um potencial de 12º de álcool. Estas uvas darão origem a um muscat seco, que guarda o frutado típico da uva moscatel sem o doce característico do muscat doce natural, produto típico do "terroir" de Rivesaltes.
A precocidade se explica em razão de uma primavera bastante amena que permitiu uma floração antecipada, principalmente no planalto pedregoso de Rivesaltes, próximo de Perpignan. A colheita ocorre normalmente 100 dias após a floração. As boas chuvas no dia de Pentecostes, final de maio, reconstituíram o lençol freático e evitaram o stress hídrico provocado pelo forte calor e os ventos no começo do verão. O recorde anterior era do mesmo vinhedo e datava de 3 de agosto de 1999.
O muscat seco é um vinho fresco, com boa vivacidade e que se harmoniza perfeitamente com ostras. Outro produto típico do Sul da França, as mais famosas são as de Bouzigues, Gruissan e Leucate. Presença obrigatória nas mesas de Natal e Réveillon na França.

6.8.07

Cuvée Imperiale de Sieur d'Arques

Este vídeo é bastante instrutivo e vai fazer você conhecer um pouco mais sobre a Blanquete de Limoux. Você vai ver a abadia de Saint Hilaire, onde nasceu o primeiro espumante do mundo, em 1531, e conhecer os bastidores da Cave de Aimery - Sieur d'Arques e o processo do dégorgement de um brut. Santé!

2.8.07

Beba vinho e diga adeus à pasta de dente.



Segundo um estudo publicado pelos cientistas italianos Maria Daglia, Adele Papetti, Pietro Grisoli, Camilla Aceti, Cesare Dacarro, and Gabriella Gazzani, no Journal of Agricultural and Food Chemistry, da American Chemical Society, no dia 19 de junho deste ano, alguns componentes do vinho tinto e do branco como os ácidos sucínico, málico, lático, tártrico, cítrico e acético tem ação antibacteriana contra o Streptococcus oral, causador da cárie.
Os pesquisadores italianos realizaram este estudo, in vitro, utilizando vinhos brancos e tintos, o álcool foi retirado a fim de evitar uma interferência deste nos testes. Em seguida fizeram marinar no vinho as bactérias da família Streptococcus mutans, responsáveis pelas cáries, bem como outras bactérias da mesma família como a S. pyogenes, que provocam dor de garganta. Os vinhos das duas cores tiveram feito inibidor sobre as bactérias, afirmam os pesquisadores, com provável vantagem para o tinto. Os pesquisadores testaram também misturas sintéticas de ácidos orgânicos presentes no vinho que foram ainda mais eficientes.

1.8.07

Lufthansa servirá vinho tinto do Sul da França nos seus vôos



A companhia aérea alemã Lufthansa escolheu o vinho da cooperativa Les Vignerons de Calvisson, sob a marca guarda chuva Sud de France, para todos os seus clientes da classe econômica. O vinho foi desenvolvido especialmente para a Lufthansa e tem um corte de merlot, carignan e grenache. A garrafa é do tipo bordeaux, com rosca e contém 1 litro. A embalagem permite servir com facilidade 5 copos de 20cl, isto é, 5 passageiros com uma só garrafa. Foram encomendadas 250 mil unidades. A marca Sud France estará no rótulo e na rosca com apoio de Septmanie Export, fomentadora regional das exportações agrícolas. A mesma que trouxe a degustação Sud France ao Rio e São Paulo durante a Expovinis.