10.9.08

Sul da França aumenta exportações de vinhos AOC para o Brasil - I


Bernard Devic, Diretor Geral, do Vignerons de La Mediterranée é um dos que mais exporta vinhos AOC para o Brasil.




Esta materinha é em "homenagem" ao foca da Veja, Thomaz Favaro, que escreveu algumas besteiras sobre os vinhos do Languedoc Roussillon.



Se a França aumentou nos últimos anos sua exportação de vinhos para o Brasil o Sul da França, Languedoc Roussillon, foi o principal responsável por esta melhora no que concerne aos vinhos tranqüilos, isto é, não efervescentes. A França quinta exportadora de vinhos para o Brasil com 4,8% do mercado, teve em 2006 um crescimento espetacular de 53% e em 2007 o aumento em volume contentou-se com 6%. Mas o que se constata nos números é uma evolução qualitativa, pois se em 2006 o preço médio dos vinhos era de US$ 3,07 e em 2007 subiu para US$ 4,03 e continua a subir em 2008. Estas informações não levam em conta o champagne e espumantes, apenas vinhos. Os dados são da Uvibra.
Checando os dados do lado da Receita francesa, temos que em 2007 o volume de vinhos de denominação de origem (AOC) do Languedoc Roussillon, de maior valor agregado, e teoricamente de maior qualidade, tiveram um crescimento de volume de 112,25% e de valor de 86,63%. Enquanto que os vinhos de mesa tiveram queda de 26,91% de volume e de 18,77% em volume.
Estes resultados são reflexos do trabalho dos importadores, produtores e de Sud de France que desde 2006 voltou a colocar o Brasil na sua lista de prioridades. Participa da Feira Expovinis, em São Paulo, criou e implementa o Festival de Sabores do Sul da França, que está em sua segunda edição e que alia gastronomia, vinho e cultura. E outras ações promocionais pontuais ao longo do ano estão previstas.
O Vin de Pays d’Oc é um segmento de qualidade de vinhos varietais de uma ou duas castas e representa 61% da produção regional enquanto que os vinhos de mesa, ordinários, são apenas 17%.
Este segmento tem encontrado um crescimento expressivo, pois o consumidor brasileiro tem facilidade de se identificar com os vinhos de castas (chardonnay, syrah, pinot noir, merlot,...) o que levou estes vinhos a estarem presentes em grandes supermercados por meio de importação direta como o Zona Sul, do Rio, Pão de Açúcar, o Super Nosso, de Belo Horizonte e o ABC de Divinópolis, em Minas Gerais. O Languedoc Roussillon, é o maior vinhedo da França e responde por 34% de toda a produção francesa e por 20% de seus vinhos de denominação de origem. Hoje são pelo menos 25 os importadores brasileiros que trazem vinhos da região.