23.12.08

Férias de Natal

Férias de Natal

O Blog entra de férias e volta com força e vigor no dia 5 de janeiro.

20.12.08

Casal Sarkozy recebe no MAM com Crémant de Limoux


Carla Bruni Sarkozy chegam ao Brasil em visita oficial.


A recepção que Nicolas Sarkozy e Carla Bruni-Sarkozy oferecem à comunidade francesa no Brasil será no MAM. Local emblemático, pois muito perto da Ilha de Villegagnon, França Antártica, tentativa francesa de conquista do Brasil na época colonial. Na época os “huguenotes”, protestantes, chamavam nosso Pão de Açúcar de "pote de manteiga" devido a sua forma. Pelo visto o nome não pegou.

Na ocasião será servido o brut Crémant de Limoux Grand Cuvée 1531 da Aimery, vendido apenas no empório carioca Zona Sul. Ano passado este espumante do Languedoc foi eleito pela revista Stern, na Alemanha, o sexto melhor do mundo, perdendo apenas para algumas poucas e excepcionais champagnes. A seleção foi do chef Roland Villard responsável pelo cocktail presidencial. Afinal, Roland como Embaixador do Sul da França no Brasil não poderia fazer melhor escolha.

17.12.08

Sucesso para o novo Guia JB de Vinhos





Chega amanhã nas bancas o Guia JB de Vinhos. Um golaço do craque Alexandre Lalás que há alguns anos tenta lançar uma revista de vinhos no mercado. Consegue junto com o JB e de cara terá a maior tiragem do mercado. Encartada mensalmente no tradicional matutino carioca e na austera Gazeta Mercantil. O Guia poderá também ser encontrado nas boas bancas de jornal e em empórios e delis pelo Brasil a fora. O forte da revista, como da sua coluna, são as degustações de vinhos.
Vá correndo comprar o seu. Sucesso.

15.12.08

Como servir seu brut

Da esquerda para a direita a melhor taça para servir e apreciar seu brut: tulipa, flute e coupe.


Vão chegando as festas de final de ano e muitos se perguntam como servir o brut ? Brut é também outra maneira de chamar o vinho espumante ou efervescente. Aqui no Sul da França é Crémant ou Blanquette de Limoux e seu descendente mais famoso é o Champagne. Todos devem ser servidos bem gelados em torno de 6 a 8 graus. Quanto mais novo o seu brut mais gelado. Um brut safrado ou maduro pode ser servido entre 8 e 10 graus.

Para que sua garrafa seja servida na temperatura ideal coloque-a 15 a 20 minutos antes num balde com gelo e água, adicione um pouco de sal grosso, como fazem os profissionais, para que gele mais depressa. Se você não tiver balde coloque seu brut na parte inferior da geladeira 3 ou 4 horas antes dos convidados chegarem. Evite o congelador, mas em caso de urgência não deixe que passe de 45 minutos. Se congelar vai ficar muuuuito ruim.

Qual a taça ideal para o serviço? A melhor não é a antiga e charmosa “coupe” mas, pela ordem, a taça em forma de tulipa e a“flute” tradicional. Evite as taças de design esquisito que andam à venda. A “coupe” faz com que os aromas se dispersem muito rapidamente. A tulipa por sua forma mais fechada nas bordas retém por maior tempo os delicados aromas de seu espumante.

12.12.08

Poda de inverno



O velho ditado dos viticultores nos ensina qual o momento ideal para a poda. Desde a queda das folhas em novembro até março antes da brotação (débourrement) em abril as videiras devem estar podadas. É que no momento da poda a videira chora, este choro é rico em açúcares e ácidos e aumenta a sensibilidade da planta à geada, por isso o corte deve ser oblíquo e em sentido oposto ao broto para não molhá-lo, pois molhado e caindo uma geada este morreria. Em março com o clima mais ameno, ela vai parar de chorar mais rápido, vai secar, cicatrizando o corte e oferecendo menos risco de contrair doenças. Nem sempre é possível realizar a poda em um só mês, sobretudo se o vinhedo é grande. O viticultor procura sempre deixar para março a poda das melhores parcelas, isto é, daquelas que darão os melhores vinhos.

8.12.08

Até o WSJ vende vinhos nos EUA

O filão da venda do vinho pela internet não para de crescer. Ano passado 7% da venda de vinhos nos EUA foi feita pela internet. Com a crise a tendência é que este percentual aumente. Explico. O custo de distribuição nos EUA gira em torno de 50% do preço do vinho e a retirada de um elo desta corrente pode representar a economia para o consumidor de 20% a 35%. Com este raciocínio e tendo um grupo de leitores cativos de alto poder aquisitivo o Wall Street Journal lançou o seu site de venda de vinhos- www.wsjwine.com
O curioso é que ele coloca os vinhos do Languedoc Roussillon como sendo do Midi. Midi designa a região sul do país, como o Mezzogiornona na Itália. Mas não possui um significado maior no que concerne a regiões vitícolas. No site encontramos três vinhos do Languedoc Roussillon: Mas de Daumas Gassac reserva tinto, Vin de Pays d'Oc e Blanc Neuf La Bastide, Vin de Pays d'Oc e o Château Portal Minervois, como diz o nome um AOC Minervois. Uma pequena amostra da região, porém representativa de sua qualidade.
Esta seleção mostra grandes vinhos sendo dois VDP, isto é, que possuem um corte diferente do autorizado para a região para serem classificados como AOC. No entanto o rendimento e o método de condução lhes garantiriam as condições para de AOC. Na boca então nem se fala, são excelentes. Na boca então nem se fala, são excelentes. Quem sabe a Gazeta não lança seu site de vendas?

4.12.08

Flash: Entrevista sobre biodinâmica

Entrevista com Emmanuel Cazes do Domaine Cazes, biodinâmico no Roussillon, Sul da França. Seus vinhos são importados pela Expand. Ao seu lado Acari Amorim da Quinta das Neves que buscou conselhos de condução para sua propriedade em Santa Catarina. Cazes pratica a biodinâmica desde 1998. Gravada em maio 2008 mas super atual em função da matéria abaixo.
Cazes - "Para adotar a biodinâmica deve-se estar pronto para fazer muitos sacrifícios. E sobretudo desejar fazer a biodinâmica e querer fazer evoulir o vinhedo e o vinho."

3.12.08

Vinho biodinâmico é feitiçaria, não existe


Gerard Depardieu ator e viticultor desde 1989 tem vinhedos em Anjou, Languedoc, Bordeaux, Espanha, Marrocos,...

Quem assegura é o ator e dublé de vitivinicultor Gerard Depardier. O ator vai mais longe e diz -"isto é uma seita e deve ser parada". A frase é polêmica, mas não choca os cientistas. O orgânico é um método científico, mas a eficacidade do biodinâmico não pode ser comprovada e muitos a chamam de feitiçaria como o pesquisador argentino do Centro de Pesquisas francês INRA de Gruissan, Hernan Ojeda, especializado em viticultura.
Em recente visita que fiz ao Domaine Cazes acompanhado de Acari Amorim, da vinícola brasileira Quinta das Neves. Fomos recebidos por Emmanuel Cazes, diretor da propriedade, este afirmou que trabalhava em biodinâmico, mas assegurou que os resultados não podiam ser comprovados. No entanto os princípios que norteiam parecem coerentes com o meio ambiente. "São intervenções que fazemos que servem de estímulo à natureza, mas não tenho como verificar sua eficacidade. Não peço a ninguém que venha se tornar biodinâmico, mas se alguém me procurar vou ajudar e ensinar". Localizado no Roussillon, Sul da França o Domaine Cazes é um adepto de longos anos do método.
O que posso assegurar é que seus vinhos são bons. Se isto se deve ou não à biodinâmica é outra história.

2.12.08

Freixenet quer se instalar no Brasil

A vinícola Catalã Freixenet está buscando uma propriedade na fronteira brasileira com o Uruguai. Quer comprar terras e plantar vinhas. Seu objetivo é a produção de espumantes.
Apesar da Freixenet ficar na Catalunha espanhola e não na francesa, que faz parte do Roussillon, Sul da França, o Blog publica a nota por ser "fronteiriça" e de interesse do leitor brasileiro.

25.11.08

Laboratório italiano estuda a uva mauzac para Aimery-Sieur d'Arques



Os viticultores da Cooperativa de Aimery-Sieur d'Arques, situada em Limoux, Sul da França, iniciaram um estudo sobre a casta mauzac que é a base da emblemática Blanquette de Limoux, o primeiro brut do mundo. Os resultados ficarão prontos em dezembro e serão divulgados durante o salão Mundial de Tecnologia da Vinha e do Vinho de Bordeaux.

Sempre à frente do seu tempo Aimery-Sieur d'Arques vem inovando há anos. Primeiro foi a carta dos territórios de Limoux - a denominação passou a ser subdividida em 4 terroirs bastante distintos - seguida da seleção de parcelas e de um controle de maturidade cada vez mais sofisticado e preciso. Foram grandes os passos e para se manter sempre à frente encomendou um estudo científico sobre as diversas variedades, os clones, de mauzac existentes em Limoux.

Segundo Alain Gayda (que estará no Rio dia 26 e 27 de novembro a convite do supermercado carioca Zona Sul) o objetivo é estudar as diferenças genéticas das diversas mauzac para colocar em evidência a variedade que corresponde perfeitamente ao que desejamos de uma Blanquette método ancestral (o primeiro do mundo), a brut (método tradicional ou champenoise) e para o chamado vinho tranquilo. “Nós conhecíamos até o presente momento o efeito território, millésime, mas subestimávamos o efeito clone. Este passará ser para nós um novo critério de seleção.

Para realizar este estudo os técnicos da cooperativa observaram todas as parcelas de uvas mauzac das quatro variedades existentes sobre os 800 hectares da casta. Foram analisados rendimento, estado sanitário, maturidade e em seguida foram enviadas ao laboratório no norte de Veneza, o nome deste será divulgado apenas em dezembro. Com uma tecnologia ultramoderna de micro-vinificação e de pesquisa. "Em Bordeaux durante o salão degustaremos pela primeira vez os vinhos resultantes desta experiência", promete Gayda.

23.11.08

Mundial biô nasceu clandestino

Thierry Julie, Associação Interprofissional do Vinho Biológico do Languedoc -Roussillon

Na véspera do Forum Internacional de Montpellier que reúne importadores convidados pela Região Languedoc Roussillon e produtores do Sul da França, acontece em Perpignan o Mundial Bio, o mundial do vinho orgânico. Quem lidera o evento é a Associação Interprofissional do Vinho Biológico do Languedoc -Roussillon, AIVB-LR. Fundada em 1991 ela reúne hoje 100 adegas privadas, 4 cooperativas e 7 empresas de distribuição (negociantes). A Federação tem como objetivo promover o vinho de origem orgânica junto ao consumidor, oferecer conselhos técnicos aos seus membros e de representação destes junto aos organismos públicos.
Thierry Julie, presidente da AIVB-LR nos conta que o primeiro salão Millésime Bio realizado em 1993 era um evento ultra confidencial, quase clandestino. Na época reunia meia dúzia de produtores do Languedoc-Roussillon e não tinha qualquer visibilidade. Era um salão feito para nossos amigos e clientes alemães. Estes tinham uma demanda constante por vinhos orgânicos. Com o passar dos anos se juntaram aos alemães os belgas, ingleses, suiços e americanos. Hoje temos asiáticos, cada vez mais numerosos que visitam o salão. A grande distribuição francesa (supermercados) comparece mais por curiosidade, uma pena, conclui Julie.
No Brasil começamos a ver os vinhos biô nos restaurantes e lojas especializadas.

19.11.08

A safra de 2009


Enquanto o balanço oficial não sai e o vinho não está pronto a imprensa começa a especular. Foi o caso de Le Figaro e Le Monde, não sem razão, afirmaram que Bordeaux e Borgonha tiveram dificuldades, pouca uva e safra de qualidade incerta. Alsácia e Champagne com bons volumes. Aqui eu digo: no Languedoc a falta de constância é a regra. Em regiões onde choveu pouco, a maior parte, a colheita foi pequena. Bons vinhos, mas pouco vinho. Exceção é Limoux onde a colheita foi abundante e de muito boa qualidade. Alain Gayda, diretor geral de Aimery Sieur d’Arques e ex-presidente a União de Enólogos da França está muito feliz com a millésime 08. Alain estará na festa do Zona Sul no dia 26 de novembro onde vai falar sobre seus vinhos, o Languedoc e a safra 2008.