29.2.08

Concurso Geral Agrícola de Paris vale mais que Parker para consumidor francês


As medalhas do Concurso Geral Agrícola de Paris, CGA, são as mais disputadas pelos viticultores e agricultores franceses. Desde 1870 este busca premiar os melhores produtos franceses seja vinho ou outro alimento. Organizado anualmente pelo Ministério da Agricultura é a mais cobiçada recompensa para o produtor.
A cada ano durante o Salão da Agricultura em Paris 3400 jurados representando todas as partes envolvidas no circuito do vinho, isto é, produtores, distribuidores, técnicos, enólogos, comerciantes, sommeliers e enófilos selecionam, julgam e elegem os melhores vinhos de cada região de produção. É um acontecimento nacional de grande repercussão e sua abertura é sempre feita pelo Presidente da República. Um enxame de políticos circula durante o evento. Vale lembrar ao leitor que a França é um país agrícola e que sua população mora em sua grande maioria em pequenas cidades com menos de 100 mil habitantes. Se fôssemos traçar um paralelo com o Brasil seria como Minas Gerais e suas centenas de municípios.
A tradição e a importância de ser reconhecido por todo o circuito do vinho conferem à medalha seja ouro, prata ou mesmo de bronze um prestígio e uma vantagem no momento da escolha do produto por parte do consumidor. Vale lembrar que o mercado do vinho francês é o primeiro mercado do produtor local. Dentro do Hexágono R. Parker, Wine Advocate, Decanter, Wine Spectator, Jancis Robinson e outras referências anglófonas possuem um peso muito menor do que o do CGA e outros importantes concursos como Macon, Orange e mesmo de concursos regionais. Outra grande referência local é o prestigiado Guide Hachette.
Dos vinhos que me lembro estão no Brasil ou a caminho levaram medalhas de ouro os Domaine Cazes e seu Côte de Roussillon orgânico, Rocbère com seu Corbières Thésaurus, Gerard Bertrand com o Corbières Hait Saint Georges, Cellier Charles Cros com Arpége rosé, Cellier Saint Damien com Domaines Serres tinto envelhecido em barris de carvalho, Cooperativa de Berlou com Château des Albières Saint Chinian Berlou e Rouquette sur Mer com seu rosé La Bergerie de La Clape e Sieur d'Arques com três brancos Toques et Clochers, duas Blanquettes e duas Crémant. Um grande vencedor com certeza. Pode ser que falte alguém nesse caso minhas desculpas e, por favor, me avise.

27.2.08

O berço do Brut e Dom Pérignon



Muitos ainda acreditam que foi Dom Perignon (1639-1715) quem criou o vinho espumante, o brut. Ledo engano. As primeiras bolhas foram produzidas por abades beneditinos sim, mas não na região de Champagne. É no vilarejo de Saint Hilaire, a poucos quilômetros de Limoux, Sul da França, onde nascerá o primeiro brut do mundo.
Os beneditinos antes de construírem a abadia procuraram determinar qual seria o melhor local para a plantação das vinhas e em seguida escolheram um local imponente, de destaque, para construir sua igreja como manda a tradição da Ordem. Saint Hilaire tem uma grande importância para a história da cidade de Limoux. Esta sempre teve atuação de destaque seja na economia local seja no plano espiritual.
A visita da abadia nos permite descobrir que a capela original é do século V, mas o monastério data do século VIII e a igreja abacial foi construída entre 1147 e 1150 num plano bastante simples com nave central de três espaços entre duas vigas com coro e abside. A abóbada é mais tardia datando de 1198 e 1199. O claustro é posterior de mais de um século. Vê-se também um tabuleiro de xadrez esculpido sobre a arca e também belos afrescos. A casa abacial tem um teto com pinturas do século XVI. Acredito que o maior destaque seja o sarcófago em mármore branco dos Pirineus esculpido em um só bloco, comtrês faces e que representam a prisão, o martírio e o enterro de Santo Sernin, primeiro bispo de Toulouse, em 250. A obra é atribuída ao mestre de Cabestany e servia de altar principal.


INAO reconhece a anterioridade da Blanquette
No entanto será na rústica galeria oeste onde se situavam a adega, o celeiro e o depósito que a Blanquette de Limoux nascerá em 1531.
Documentos históricos de 1544 atestam que o Sieur d’Arques (Senhor dos Arcos), um poderoso senhor feudal do Razès, comemorava suas vitórias militares com a Blanquette. Limoux vê nascer a Blanquette Ancestral, bebida pouco alcoolizada e suave, que tem uma segunda meia-fermentação na garrafa. Feita de uvas mauzac, chamada na região de blanquette, isto é, branquinha devido a sua cor clara.Será somente duzentos anos depois que Dom Pérignon (1639-1715), também um monge beneditino, responsável pela cave da abadia de Hautvilliers, próxima a Epernay, irá desenvolver o método champenoise, hoje chamado também de tradicional. Seria apenas coincidência o fato de ambos serem da mesma ordem religiosa? O fato é que o INAO organismo francês que regula os vinhos de denominação de origem reconhece a anterioridade da Blanquette de Limoux como o primeiro brut do mundo.

26.2.08

Degustadores do mundo alerta geral




O 32º Challenge internacional do Vinho precisa de 900 jurados para degustar 5000 vinhos de 40 países. Será em Bourg sur Gironde no dia 12 de abril. Aberto a profissionais e enófilos. Acesse www.challengeduvin.com

SYRAH DO MUNDO
Também estão abertas as inscrições para a segunda edição do Concurso Syrah do Mundo organizado pela associação Forum Enologia que será realizado no norte do Rhône no Château d'Ampuis. Um júri internacional escolherá o vencedor. As degustações ocorrerão dias 15 e 16 e o resultado é divulgado dia 19. Mande suas amostras ou inscreva-se como degustador.
Boa sorte.

25.2.08

Coquetel politicamente correto

saida opera comedie
Depois de três horas de comes e bebes no Opera Comedie (ver texto abaixo) os comensais eram brindados na saída do evento com um bafômetro descartável. Solução politicamente correta para lembrar que quem bebe não dirige e quem dirige não bebe. Ainda mais na França onde os policiais ficam à espreita na saída de bares, restaurantes e grandes eventos para controlar o consumo excessivo.

22.2.08

Eventos criativos marcam Vinisud

coquetel opera comedie vinisudNa foto acima uma panorâmica do evento na Opera Comedie, na foto da direita Edith Rebouças, rogerio Rebouças, Marcelo Neffa e Maíra Silva da Dufry, Luciana e Paulo De Marchi da Uniagro.

Dois eventos muito interessantes marcaram a Vinexpo o grande coquetel de confraternização de Sud de France e a Noite da Bulle de Sieur d'Arques. O primeiro foi na Opera Comedie e o segundo na badalada boate Havana Night, ambos em Montpellier. Todos os compradores foram convidados, especialmente aqueles trazidos à França pelos organizadores.

Sud de France, presidida por François Fourrier e tendo como diretor do setor vinho Robert Amalric, realizou um grande coquetel-jantar na Opera Comedie no centro de Montpellier. O local normalmente palco de óperas e peças teatrais recebeu 800 convidados sendo eles compradores, produtores, jornalistas e autoridades locais. O buffet impecável servia foie-gras, ostras de Bouzigues, canapés, mini-cones recheados, doces e muito mais. No prato principal pato ou "biche" (carne de veado) com aligot, purê de batatas com queijo. Os vinhos formavam um grande "panaché" dos melhores tops dos diversos produtores do Languedoc Roussillon presentes à Vinisud. Percebi alguns que já são conhecidos dos brasileiros como Cuvéee Mythique, Étang de Colombes e Crémant Grand Cuvée 1531 Rosé.

Para animar o coquetel uma decoração de Casino foi criada e fichas de jogo foram distribuídas. Mesas de roleta e bacará animavam os corredores próximos à entrada da platéia. Tudo à brinca, mas com muita animação. Claudio Moreira da Barrinhas e Maíra Silva da Dufry quebraram a banca. Pena que não era à vera.


Ao chegar à boate éramos recebidos por diversas recepcionistas que trajavam camiseta e mini-saia negra com o número 1, rosa choque estampado bem grande na frente, fazendo alusão à Bulle Nº1, que no Brasil é vendida nas lojas duty free dos aeroportos. Máquinas de bolhas de sabão distribuídas por toda a boate decoravam o salão com bolhinhas que voavam sobre nossas cabeças. Um casal de dançarinos com longas pernas de pau animava a pista. A rainha da Bulle Nº1 foi apresentada na sacada da boate, acima da pista, pouco antes da meia-noite. Mas foi às 12 badaladas que as recepcionistas deram um show à parte indo para alguns pontos altos da pista e para uma mini-pista na parte superior do bar e começaram a dançar em trajes ousados (foto acima). A pista se incendiou e nem o brut servido a rodo e bem gelado, como manda o figurino, conseguiu apagá-lo. Apenas às 5 da manhã o fogo virou cinza.
Um sucesso.

21.2.08

Degustação sem burocracia na Vinisud.




Caros leitores desculpem a demora, mas no hotel Ibis contratei um serviço de provedor da Orange, a estatal francesa da telecomunicação e este não funcionou com meu computador.
Apenas hoje começo a trazer as novidades do salão. Na foto um grande espaço democrático para degustação. As garrafas ficam expostas abertas para degustação. Basta você pegar o seu copo, escolher uma garrafa e ir provando. Se gostar anote o endereço do stand e vá visitá-lo. Burocracia zero.
O diferencial é que neste caso o degustador é atraído pela garrafa em si, como um cliente numa loja. Quem te conquista é a garrafa sozinha. É ela que te leva a encher o copo e provar. Depois é a vez do vinho. Se ele te encantar corra para o stand. Bela iniciativa.

17.2.08

Vai começar a Vinisud 2008


Começa nesta segunda feira a Vinisud que é o grande entroncamento do primeiro vinhedo do mundo. Nesta 9ª edição deste salão internacional dos vinhos e espirituosos do Mediterrâneo haverá 1663 expositores sendo 1428 franceses do Languedoc-Roussillon, Provence, Vale do Rhône e Sudoeste e 205 outros produtores do Mediterrâneo dentre eles espanhóis, italianos portugueses, tunisianos e marroquinos. Trinta e cinco mil visitantes profissionais : comerciantes, importadores, sommeliers e outros compradores são aguardados.

Além dos stands dos produtores teremos dezenas de debates, conferências e encontros temáticos sobre marketing, exportação, desenvolvimento sustentado, jovens agricultores e muita degustação. Vinisud é o maior encontro econômico do sul da França no segmento vitícola e o segundo da França. A bacia Mediterrânea representa 50% da produção de vinhos do mundo com 125 milhões de hectolitros.
Brasil presente. Já encontrei por aqui Maíra Silva e Marcelo Neffa da Dufry, nossas lojas duty free dos aeroportos, Claudio Moreira da Barrinhas líder em vinhos do Douro no Brasil, Paulo Marchi da importadora gaúcha Uniagro e o carioca Gianni Tartari da paulista Fasano. Outros ainda estão por chegar, mas de pronto garanto que o Brasil está bem representado.
O que esperar de Vinisud em 2008? Novidades de marketing, lançamentos de novos rótulos e apresentação da safra 2007 que como já disse aqui no Blog está excelente.
Amanhã eu conto mais.

15.2.08

Novidades no curso de Enologia no Languedoc, em português


Sócios da ABS que se inscreverem no I curso de Aplicação Profissional em Enologia, no Sul da França, em português para brasileiros, terão 5% de desconto. Até o momento aderiram as ABS Rio e SP. Para quem precisava de um empurrão para tomar a decisão não falta mais nada.
Ontem me reuni com a equipe técnica do Centro de Formação do Aude no Quatourze, em Narbonne e fechamos o cronograma de visitas técnicas.
Estaremos confirmando a agenda em breve mais já posso adiantar que iremos visitar Terra Vinea, cave de envelhecimento com museu do vinho a 80 metros de profundidade, a estrelada vinícola de Sieur d'Arques em Limoux, reconhecida como a melhor cooperativa da França e reputadíssima por seus chardonnay AOC, suas crémants e blanquettes, brut AOC. Além de magníficos châteuax em Notre Dame du Quatourze, Coteaux du Languedoc La Clape, Corbières, Fitou, Roussillon e Banyuls.
Pra semana conto outra surpresa...

14.2.08

Languedoc campeão até no céu


Mais uma prova da força dos vinhos do Languedoc. Desta vez foi o concurso Cellars in The Sky que elegeu o vin de pays d'Oc Domaine de Cigalus Blanc, 2005, de Gerard Bertrand, o melhor branco na classe Business do mundo. O tinto Domaine de Cigalus 2002, Languedoc, ficou com o segundo lugar na categoria Business Class.

Organizado por jornalistas especializados, durante o salão Business Travel Show, estes coleguinhas escolheram os melhores vinhos e cartas servidos no céu. O concurso foi patrocinado pelas revistas Business Traveller e Wine and Spirit. Cigalus é produzido em Bizanet, ao lado de Narbonne, no Sul da França. O vinho é um corte de viognier com chardonnay. Vale citar que a TAM levou duas citações por seus vinhos.

Ai de quem acha que vin de pays é sinônimo de vinho mediano.

13.2.08

A revista bimestral francesa Cuisine et Vins de France apresenta nesta edição de fevereiro-março seu novo projeto editorial. A nova fórmula dá ênfase à harmonização vinho e gastronomia buscando assim se aproximar dos leitores. Uma cozinha mais barata, fácil, bem feita, equilíbrada e nutritiva. Dentre as novidades receitas com no máximo três ingredientes, cardápios "bem-estar", "caderneta natural" apresentando as novidades orgânicas e a do chamado comércio justo, um modismo francês e artigos contando "a saga de um produto mítico".
Do lado do vinho a revista tem três tópicos em destaque: os vinhos, os vinhedos e um prato um vinho. Na seleção os vinhos desta nova edição dois vinhos do Languedoc um vin de pays de l'Hérault e um Coteaux du Languedoc. Vinhos para serem bebidos entre amigos.

Nesta linha sugiro um que é vendido no Brasil pela Nunes Martins (21 21074700) o Tour de Montredon Les Capitelles, AOC Corbières tinto, muito bom e baratinho. Segundo o estrelado chef Roland Villard um "vin de copains" para beber entre amigos, quem frequenta sua casa sabe disso.

Acho legal falar sobre os vinhos menos pretensiosos, representativos da denominação de origem e agradáveis. São os que chamo vinhos dos mortais. Aqueles que conhecemos e bebemos no nosso dia a dia.

12.2.08

Análise Sensorial dos Vinhos e a tipicidade do "terroir"

Na foto Ricardo Farias ex-presidente da ABS-Rio e os vinhos degustados na manhã.

Degustar, analisar e pontuar vinhos é uma decisão nem sempre unânime, mas que utilizando uma metodologia há uma grande tendência à convergência. Os pontos ou estrelas podem mudar, mas a descrição deve ser próxima. Um item que nem sempre é levado em consideração pelos enófilos, mas que é uma exigência dos sindicatos das denominações de origem é quanto à tipicidade do vinho. Será que ele é representativo do que se espera da Denominação? É ele uma verdadeira expressão do "terroir"? Questões como estas fazem pensar não apenas a Associação de Enólogos da França, laboratórios e sindicatos, mas, sobretudo produtores que querem preservar as tradições e a cultura de um povo, de uma região de um “terroir”.

No Languedoc esta é uma questão que muito debatida. Deve-se adaptar os vinhos ao gosto das tendências mundiais ou deve-se guardar sua autenticidade? O jornalista e crítico Dusser-Gerber autor do guia do mesmo nome, é um ardoroso defensor de vinhos autênticos. Para ele os únicos verdadeiros a exprimir um « terroir ».

Causo: Durante uma visita da ABS ao Languedoc, em 2007, degustamos dois vinhos top da mesma vinícola, Cellier Charles Cros, um o Château Ribaute Cuvée François Lê Noir, com um corte Mourvèdre 60%, grenache 30% e velhas vinhas de Carignan 10%, importado pela Barrinhas, foi quase unânime entre o grupo. No campo majoritário Euclides Penedo Borges, 11 diretores e monitores da ABS-Rio presentes e o reputado enólogo Marc Dubernet. Do outro lado Ricardo Farias, este blogueiro e dois destacados produtores, que não eram da citada vinícola, preferiram o Grande Délicatesse onde a syrah com 70% e substitui a mourvèdre e a grenache. Os dois são verdadeiros Corbières e premiados seguidamente. Porém o mais autêntico para os produtores locais foi o que mais agradou a Ricardo e a mim. Este a Barrinhas ainda não trouxe para o Brasil.

11.2.08

Languedoc foca na excelência





Fugir da forte concorrência dos vinhos mais baratos do Novo Mundo é o objetivo dos produtores do Languedoc que perseguem cada vez mais produzir vinhos de melhor qualidade. No ano de 2007 o Languedoc aumentou suas vendas em garrafa no mercado externo e também o valor dos seus vinhos, mas isto não impediu uma diminuição de 7,5% das suas exportações. Notadamente no mercado de cisternas para a Europa do norte. A concorrência no segmento primeiro preço é muito forte.
O lançamento da denominação de origem Languedoc e do Clube de Marcas "Origine Languedoc, Grands Terroirs du Languedoc e Excellence du Languedoc" por parte da Intersud, organismo que reúne os principais atores do segmento, são iniciativas ambiciosas em busca de uma comunicação mais eficiente para atingir uma faixa superior do mercado.

8.2.08

A poda de inverno é primordial para o vinhedo




O inverno no Languedoc Roussillon segue com pouco rigor, apesar de ter começado mais cedo, e não choveu muito. A poda da vinha continua em bom ritmo. Até digamos metade de abril os viticultores devem ter podado, amarrado as vinhas e limpado as valas. Segundo Pierre Tournier, viticultor em Fabrezan, “como o tempo tem estado bom não estamos atrasados. Começamos a poda no final de novembro ou no início de dezembro e no meu caso acredito terminar em março. Deixo para março a poda das minhas melhores parcelas. Nada substitui a poda de março, como diz a tradição”, assegura. Em todo caso deve-se andar rápido pois com o tempo ameno a seiva pode subir mais cedo em alguns pés de vinha e os brotos surgirão antes do tempo e neste caso a poda pode enfraquecer a planta, conclui Tournier.
Para quem não sabe este é o momento mais importante no vinhedo. Na poda se determina o rendimento, o crescimento desejado, a estética do arbusto e a quantidade almejada de uvas nos anos seguintes. Uma escolha ruim do sarmento pode causar prejuízos tanto na quantidade quanto na qualidade. Mais se poda menos se produz. Mais qualidade igual a menor quantidade de cachos e maior concentração nos bagos, portanto tendência a produzir vinhos melhores e mais caros.

7.2.08

Tem elefante na 8ª VINISUD





Depois do rinoceronte Fat Bastard na Vinexpo será a vez do Elephant on a Tightrope na 8ª Vinisud, que acontece de 18 a 20 de fevereiro em Montpellier. É turma do marketing criando situações para alavancar as vendas dos vinhos do Languedoc. No caso do Elefante foi o Domaine Preignes-le-Neuf que lança sua coleção com de mono castas, duos VDP d'Oc e AOCs com etiquetas modernas, vinhos fáceis de beber e de boa relação qualidade preço. Tendência mundial que atende uma demanda crescente de consumo, se bem que menos exigente.
O foco é o consumidor de 20 a 40 anos e as mulheres, menos tradicionalistas e prontos a aceitar uma etiqueta bem humorada. Parafraseando Fernando Pessoa - Tudo vale a pena se a taça não é finda e o vinho não é pequeno.