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19.4.08

Mourvèdre oferece vinhos longevos


Como prometido vou falar de uma casta típica do Mediterrâneo a Mourvèdre. Originária da Espanha está presente no Sul da França desde a Idade Média. No Languedoc onde também é conhecida como Espar faz parte do corte de diversas denominações de origem como Costières de Nîmes, Faugères, Saint Chinian, Coteaux du Languedoc, Fitou, Corbières, Minervois, Collioure, Côtes du Roussillon e Cabardès. Mas também em Bandol, onde ganhou fama internacional, Châteauneuf du Pape, Côtes du Rhône, e muitas outras denominações.
De cachos médios, bagos pequenos, película espessa, polpa fundente, que se desmanha e sabor acre. Sua maturidade é tardia de terceira época exigindo muito calor e exposição ao sol para atingir sua maturidade. Isto quer dizer que ela prefere ficar longe da altitude e do frio. Dizem os produtores mais antigos que a Mourvèdre precisa ver o mar para atingir a maturidade. Estes conhecem os segredos desta casta delicada e exigente.
Destinada a produção de tintos e rosés de grande qualidade, sozinha ou associada com outras castas do Mediterrâneo, como a syrah, a grenache e também com a carignan. Proporciona um vinho de muito equilíbrio, aroma complexo, bela cor e uma excepcional estrutura. Muito bem adaptada ao envelhecimento em barris de carvalho proporciona uma grande longevidade ao vinho.
Bom exemplo o AOC Corbières Château Ribaute cuvée François Le Noir que tem 60% de mourvèdre, 30% de grenache e 10% de velhas vinhas de carignan. Um vinho de guarda que começa a fazer sucesso no Brasil. O Grand Opera, da mesma denominação de origem e cujos vinhedos ficam à beira mar tem 20% de mourvèdre e sua longevidade foi atestada por Paulo Nicolay em 2007 durante uma degustação vertical na SBAV, com vinhos de 15 a 20 anos em pleno esplendor. Não é a toa que Robert Parker sugere a fuga da mesmice e a redescoberta das castas nativas.
Veja o vídeo aqui no Blog clicando no link do título acima.

31.3.08

Preço do vinho: o mercado está para cima


A OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho) confirmou no último dia 25 que a produção mundial de vinho recuou de 5,7% a 8,2% em 2007, em relação aos números de 2006. Apesar da diminuição do consumo na Europa de 0,7 milhões de hectolitros temos um aumento do consumo mundial em níveis altos, notadamente na Austrália e Nova Zelândia.
Para confirmar o que este Blog já vinha dizendo desde o ano passado dou alguns números franceses divulgados na última semana por VINIFLHOR, o organismo francês que regula dentre outros produtos o vinho regional, Vin de Pays, VDP e o vinho de mesa VDT. Tintos e rosés tiveram este ano um aumento das vendas de 8%,VDT e de 23% para os VDP. O preço médio está em alta custando o hectolitro de VDT 39,9€, isto é, mais 16%. A alta que começou no segundo semestre de 2007 parece agora se acomodar. O VDP subiu 19% atingindo 53,43€ o hectolitro. Os varietais brancos subiram 30%, em volume. A chardonnay está custando 82,21€/hl e a Viognier à 89,53 €/hl. Nos tintos Merlot está custando 57,40 €/hl, Cabernet Sauvignon 59,20€/hl e a Syrah a 59,26 €/hl. Altas que chegam a atingir 41%. Os estoques estão baixos, não há excedentes.
Os AOC estão com aumento da demanda no Languedoc-Roussillon, Chinon,Sudeste,... e com falta de produtos na Borgonha, Alsácia e Loire. Os preços médios estão em quase todas as regiões em alta. No final do ano o mercado vai se regular com preços em alta. Na bolsa de valores diríamos que o mercado está para cima.