27.9.07
Nada se cria, tudo se copia.
E nós franceses, mesmo os naturalizados, nos vangloriamos do nosso sistema de denominação de origem para qualificar um vinho. Método tão copiado pelo mundo a fora. Mas não é que lendo um extrato do novo livro de Jean Clavel, a Mundialização do Vinho, que será lançado em fevereiro 2008 durante a VINISUD, em Montpellier, descubro que tudo começou com os romanos. Veja só.
"Marcial poeta libertino do imperador Domiciano (que reina de 81 a 96 e edita os primeiros decretos regulamentando a viticultura gaulesa) descreve os jantares romanos desta época e classifica os vinhos servidos em função da sua origem, o Falernus é o primeiro, mais o vinho de Sezzia du Latium é reputado, e às vezes ele aprecia um vinho de casta, um picpoul ou um vinho gaulês da (casta) allobroges de Vienne la Vineuse!”
Para adicionar um pouco mais de história podemos lembrar que o vinho do Languedoc era exportado para a Grécia, Turquia, Egito e torna-se o principal fornecedor de Roma. O que provoca a ira dos viticultores romanos que arrancam de Domiciano um decreto, em 92, determinando a retirada de 50% das vinhas da província gaulesa.
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