6.12.07

A origem do aroma floral nas castas aromáticas

A degustação de vinhos brancos aromáticos teve como conseqüência a definição de suas características enquanto aromas florais. A questão da tradução da especificidade de cada cepa em termos de análise sensorial útil ao degustador e em termos bioquímicos compreensível para os cientistas levou a estudos que se iniciaram no Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica, INRA, em 1980.
Foi então determinado que aromas florais típicos de certos vinhos como o gewurztraminer é em parte devido a forte presença, 0,2mg/l, de um monotepernol chamado geraniol enquanto que o muscat, um dos vinhos ícones do Sul da França, contém 0,3 a 0,5mg/l da mesma substância e 0,4 a 0,5 de outro monotepernol o linalol.
A questão é que apenas algumas castas sintetizam em quantidades apreciáveis estes compostos de carbono. O fazem graças a uma enzima da família da terpena sintetizadora.
Entender a origem dos aromas nos leva a bioquímica ou se preferirem à química dos carbonos. É por causa da capacidade de síntese desta enzima, que vai ser encontrada em doses muito maiores no manjericão, que a muscat e a gewurztraminer são as castas mais aromáticas. Amanhã falamos das leveduras e seu papel na definição dos compostos aromáticos.
Baseado na pesquisa realizada por Francis Karst e Marc Fischer Université Louis Pasteur/INRA.

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