11.5.07

ABS-Rio degusta os melhores Corbières e descobre seus diferentes terroirs


A primeira aula do curso de Análise Sensorial de Vinhos do Sul da França terá uma apresentação dos 11 territórios dos Corbières pelo produtor Jean-Pierre Mazard, um entusiasta da região que produz alguns dos melhores e mais marcantes vinhos da apelação, todos os anos presente no Guide Hachette. Para abrir a degustação teremos os vinhos varietais da Reserve Saint Martin, produzidos por Vignerons de La Mediterranée, com excelente relação qualidade (pontuação na Wine Spectator oscilando na faixa dos 80 pontos) e preço (abaixo de 4€ no mercado local). Em seguida o Marsellan do Cellier Charles Cros e seus Corbières dos territórios de Lagrasse e parte em Boutenac: Château Ribaute Cuvée François Le Noir (medalha de Ouro em Paris 2003), Grande Délicatesse (medalha de prata no Concurso Corbières 2003) e Délicatesse(medalha de bronze em Paris 2005). Depois será a vez de um Corbières de forte influência do Mediterrâneo o Château Tour de Montredon com sua famosa cuvée Hubert Azam, uma estrela no Guia Hachette. Não vamos nos esquecer do AOC rosé de Névian, uma referência e novamente medalha de ouro em Paris este ano. O reputado Limited Release da Cuvée Mythique de Vignerons de la Mediterranée. A cuvée Mythique foi o primeiro vinho do Languedoc a obter nota superior a 90 no guia de Robert Parker, com a safra 1988, um ano excepcional. E claro, os vinhos do Domaine Serre Mazard, do território de Saint Victor, alto Corbières, novamente medalha de ouro no concurso dos Corbières com a Cuvée Annie.
Após o almoço o curso segue com aula na Abadia de Fontfroide, que já nos deu um Papa, com o enólogo Vincent Dubernet, que fez parte de sua formação no sul do Brasil. Aqui vamos degustar os vinhos da Abadia e dentre eles o único tinto 3 estrelas e Coup de Couer da apelação, na atual edição do Guia Hachette.
No jantar haverá um encontro com o presidente de Sud de France, Bernard Devic que também é o vice-presidente de VINISUD, a segunda maior feira de vinhos da França.

10.5.07

Novo presidente de Vinisud já prepara a edição 2008






Na última Assembléia Geral de VINISUD, dia 2 de maio, assumiu a presidência Bernard de Roquette Buisson(foto à esquerda), administrador de Inter Sud de France no lugar de Jean-Pierre Bories, que será em 2008 o Presidente de Honra da VINISUD 2008. Bernard Devic (foto à direita), presidente de Vignerons de La Mediterranée e presidente de Inter Sud de France assume a vice-presidência da segunda maior feira da França. A feira bianual ocorre sempre em anos alternados com a VINEXPO, de Bordeaux. Em 2008 o evento será nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro em Montpellier.

9.5.07

Diretoria da ABS-Rio faz curso de Análise Sensorial dos Vinhos do Sul da França


Paisagem de vinhedo em Lézignan-Corbières, na primavera, repleto de coquelicots, uma linda erva daninha típica na região é a paisagem que os diretores da ABS vão encontrar no Sul da França.



Como parte do esforço de divulgação dos vinhos do Languedoc-Roussillon o Sud France, organismo que reúne todos os sindicatos interprofissionais do Languedoc-Roussillon, o Grupo Vignerons de La Mediterranée e a cooperativa Sieur d'Arques-Aimery, estão oferecendo à diretoria da ABS-Rio um curso abrangente, em Narbonne, para que os membros desta possam aprofundar seus conhecimentos sobre os vinhos do maior vinhedo do mundo.
Segundo Bernard Devic, presidente de Sud France e do grupo Vignerons de La Mediterranée, o curso de "Análise Sensorial permitirá aos especialistas brasileiros ter um conhecimento das nossas diversas apelações, de seus territórios, suas características e especificidades". Já para Alan Gayda, Diretor Geral de Sieur d'Arques-Aimery, esta formação é uma oportunidade para travar contato com os sommeliers brasileiros e torná-los nossos porta-vozes no Rio de Janeiro."Precisamos de especialistas que divulguem a qualidade dos nossos vinhos, que falem do Sul da França, que conheçam nossa história, que remonta à antiguidade".
O curso será ministrado por dois enólogos com parte teórica onde serão apresentadas as diversas apelações, seu clima e geologia, corte permitido e métodos de vinificação. Haverá visita aos vinhedos e “châteaux” para ver como se conduz o cultivo das vinhas e para se ter um contato direto com o produtor e a região de produção. As degustações ocorrerão imediatamente após as aulas técnicas, no château de Jonquières, e durantes as visitas. Durante a noite os jantares terão sempre a presença de um produtor que irá apresentar seus produtos de forma convivial aumentando a interação com os participantes. A gastronomia e o enoturismo são assuntos que não passarão desapercebidos, afinal é do departamento do Aude, onde se dará o curso, que se origina o famoso Cassoulet. Alguns pontos turísticos imperdíveis serão visitados como o Canal du Midi, com seus 241 km e 63 eclusas, que liga o Atlântico ao Mediterrâneo e a cidade medieval de Carcassonne, ambos com status de patrimônio da humanidade segundo a UNESCO.
Para Rogerio Rebouças que formulou a programação e juntou os parceiros a formação é uma oportunidade para testar o conceito de Universidade do Vinho. Já para a ABS será um atalho para lançar no Rio um curso regular sobre o Languedoc-Roussillon, afirma Euclides Penedo, presidente da ABS-Rio.

7.5.07

Feriado prolongado na França, voltamos na quarta.

Em função do dia da Vitória na Segunda Grande Guerra, 8 de maio, enforcamos esta segunda, como todos os franceses e voltamos normalmente na próxima quarta-feira. Até lá.
Rogerio

5.5.07

Degustação do VDP d'Oc do Château Camplazens


Entrevistamos Armando Martini, importador mineiro, para apresentar este vinho 100% Syrah produzido às margens do Mediterrâneo nas encostas de La Clape, perto de Narbonne, Languedoc, Sul da França.

4.5.07

Não confunda o Sul da França com o Sudoeste ou você vai tomar o vinho errado



Nós brasileiros temos o mapa do Brasil na cabeça e sabemos rapidamente nos orientar. Fácil olhar a carta e identificar o Norte, com Manaus, o Sul com Porto Alegre, o Nordeste com Fortaleza, o Sudeste com o Rio e achar Brasília no Centro Oeste. Mas quando se fala dos vinhedos franceses a geografia é diferente e muitos especialistas em vinho cometem imprecisões.
Mesmo os que já foram ao Sul da França cometem este deslize. Veja a confusão que se cria ao chamar o Languedoc-Roussillon de Sudoeste. Se o enófilo for ao seu "bar a vin" preferido de Paris e pedir um vinho do Sudoeste o garçom possivelmente vai lhe trazer um Cahors, onde predomina a cot, como é chamada a malbec na França, ou lhe propor um Bergerac ou ainda um Buzet, suas mais conhecidas apelações. O cliente espantado vai se esforçar para caprichar no francês e evitar o inconveniente esperando que o garçom lhe sirva em seguida um Corbières ou um Fitou bem estruturado. Mas não importa a pronúncia o Sudoeste é ao norte de Toulouse e se estende até Armagnac. Já o Sul é o Languedoc-Roussillon, de Banyuls a Nîmes, sem cruzar o Rhône. Geograficamente o Sudeste é onde se situa a região PACA (Provence -Alpes - Côtes d'Azur) mas não se trata de uma definição de terroir vinícola.
Nos anos pares ocorre em Montpellier a VINISUD onde apenas os vinhos franceses do Grande Sul podem participar e alguns produtores de outros países são convidados. Aí aumenta a confusão, pois vamos encontrar vinhos do Sudoeste, do Languedoc-Roussillon (Sul da França), da Córsega, do Rhône e da Provence. Na dúvida peça a carta de vinhos ao garçom ou memorize o mapa acima.

3.5.07

Château La Roque do Pic Saint Loup troca de mãos



Uma das propriedades mais bem reputadas do território ícone do Coteaux du Languedoc, o Pic Saint Loup, próximo de Montpellier no Sul da França, foi adquirido por Jacques Rivette ex-patrão de uma empresa de transporte e logística na Normandia. Sua família tem uma propriedade nas proximidades e isto lhe transmitiu uma paixão pelo vinho, mas Rivette é um viticultor neófito, por isto manteve a equipe que elabora atualmente os vinhos. Boa decisão já que o enólogo, Marc Auclair e o gerente de cultura, Cyriaque Rozier, são os maiores responsáveis pelo sucesso deste Château que se localiza no mais valorizado terroir do Coteaux Languedoc e é sua sub-apelação mais ao norte.

27.4.07

Placar Expovinis: Expositor 10 x 0 Organização

Graças ao esforço, à boa vontade e à dedicação dos expositores a Expovinis se realizou. Porém toda a organização do evento jogou contra especialmente quanto à escolha do local, inadequado. Não bastasse a falta de estacionamento e a farta distribuição de multas, um calor INSUPORTÁVEL afligiu a todos. Imagine degustar e servir vinhos tintos numa temperatura infernal. Na hora de sair novos problemas, para complicar exigia-se que esta fosse feita pelas rampas superiores obrigando público e expositores a subir uma longa rampa e andar centenas de metros quando havia bem próximo, no mesmo local da entrada, uma saída fácil e acessível. Só para implicar novamente. Sem ar-condicionado ficou impossível. Os ventiladores imensos e barulhentos nos deixaram roucos na tentativa de nos fazermos ouvir.
Belos stands, bom público, bons profissionais ...mas que calô...ôô.

26.4.07

Produtores do Sul da França são contra a criação da marca VDP du Vignoble de France


Os produtores do Languedoc Roussillon, Sul da França, famoso por ser o maior vinhedo do mundo, mas também por ser o líder na produção de Vin de Pays(vinho regional) na França está entrando com recurso jurídico contra a criação da marca Vin de Pays du Vignoble de France, isto é um VDP genérico francês. Além de fazer excelentes AOC como Corbières, Limoux, Côtes de Roussillon e muitos outros, o Sul da França produz 60% dos VDP da França e 80% dos varietais.
O conjunto dos profissionais do vinho do Languedoc-Roussillon, negociantes, produtores independentes e cooperativas entraram com recurso junto ao Conselho de Estado. Jean Marie Fabre presidente da Federação de Vignerons Independentes afirma que "se o Governo Francês quer ajudar os produtores de VDP que dialogue com a região e aja em conjunto, pois é o Sul da França o maior ator do segmento". Está coberto de razão.

25.4.07

Flash fitossanitário para Corbières e Fitou de 25 de abril



Oidium - Para as castas sensíveis (Carignan, Muscat, Roussane e Marsanne...) deve-se iniciar o tratamento no estágio 3-4, folhas abertas. Paras as castas de média sensibilidade (Chardonnay, Mourvèdre, Grenache, Pinot Noir, Cadaloc, Marsellan, Portan...) o tratamento pode começar no estágio de grapas separadas. Algumas destas castas já atingiram este ponto. Preferência para utilização de IBS (Inibidor da Biossíntese de Esterol). Se o vinhedo tiver um antecedente de oidium combinar tratamento com Dinocap.
Para Merlot e Cabernet, pouco sensíveis, esperar a chegada do estágio de grapas separadas se tiverem antecedentes, caso contrário aguardar a chegada ao estágio de botão floral separado.
Mildiou – nenhum foco primário detectado no departamento. Tratamento preventivo poderá ser efetuado se as chuvas previstas para quinta-feira se confirmarem. Fique alerta.
As informações são da Câmara de Agricultura do Aude, Sul da França, órgão técnico de apoio aos agricultores.

22.4.07

Vinhos franceses superam italianos no carioca Zona Sul




Com a forte participação dos vinhos do Sul da França o supermercado Zona Sul presenciou a ultrapassagem em vendas dos vinhos de origem francesa sobre os italianos. O primeiro lugar continua sendo dos chilenos, seguido de perto pelos argentinos, já os portugueses, como é tradição no mercado carioca, estão em terceiro lugar. A surpresa foi à ascensão dos franceses ao quarto lugar, afirma Cláudio Pinto, do Zona Sul. A chegada dos vinhos varietais e do espumante AOC da Aimery, o Corbières do Château Girabelle e as "assemblages" da Laurent Miquel contribuíram em muito para este sucesso francês com sotaque do Sul. Sem descartar a colaboração dos Bordeaux como Château Trompette e das Champagnes como a reputada Alfred Gratien .
A vinícola de Limoux, Sul da França, tem se destacado com seu Pinot Noir e Chardonnay, mas também com seu Crémant de Limoux, cuvée 1531 que caíram no gosto dos cariocas, inclusive dos enófilos mais exigentes.

Degustação Chateau Ribaute

Furo. Nos atencipamos à Expovinis e degustamos com exclusividade o Château Ribaute Cuvée François Le Noir, um AOC Corbières medalha de Ouro em Paris

19.4.07

Sud France nos embalos da Expovinis

A região Languedoc-Roussillon estará presente no Brasil na semana da Expovinis. Buscando difundir os vinhos e a cultura do Sul da França o governo regional preparou uma programação com degustação de vinhos e músicas é o Wine & Sounds. As músicas ficarão por conta de Frédéric Fortes e o grupo Acostica. As degustações livres serão sempre às 15 horas e o concerto musical às 19 horas. Dia 20 de abril em Olinda no hotel Sete Colinas no Carmo, dia 23 em São Paulo no Hotel Grand Mercure e termina dia 27 no hotel Sofitel em Copacabana.

17.4.07

Vinhos do Novo Mundo não são tão bons para o coração quanto os do Velho Mundo.



O livro The Wine Diet lançado neste início de ano na Inglaterra pelo respeitado pesquisador inglês Roger Corder, da Universidade Queen Mary de Londres, promete gerar polêmica. Perguntado pelo semanário científico Nature se os vinhos tintos populares do Novo Mundo contribuíam de forma idêntica no combate à arteriosclerose ele afirmou categoricamente que “de maneira alguma, alguns produzem efeito (inibidor) equivalentes ao do vinho branco”.
Que o vinho consumido diariamente com moderação faz bem à saúde o brasileiro já sabia. Mas que certos vinhos franceses podem ser até 10 vezes melhores para a saúde do que os do novo mundo poucos se deram conta. Roger Corder é pouco conhecido do grande público, mas muito respeitado no meio acadêmico. O autor busca em suas pesquisas compreender o chamado Paradoxo Francês, isto é, o fato dos franceses terem menos doenças coronarianas que os americanos, australianos e outros europeus, apesar de se alimentarem com mais gorduras saturadas, fato colocado em evidência pelo professor Serge Renaud. Os vinhos franceses possuem mais antioxidantes e ainda mais procianidina (um polifenol) do que os demais, notadamente os do sudoeste da França, AOC Madiran e os da Sardenha, além do Languedoc-Roussillon, Bordeaux, Portugal e Espanha. O estudo aponta que o princípio ativo tem origem na casca das uvas tintas e/ou outros componentes da uva durante o processo de fermentação (longa fermentação ou maceração). Variando conforme a altitude, a casta, vantagem para a Tannat, e a procedência do vinho. Segundo Corder, os vinhos tintos fazem bem, mas os do Novo Mundo são menos eficientes enquanto inibidores.
No seu livro The Wine Diet Corder, além de dar receitas, seleciona alguns vinhos que fazem muito bem ao coração, como o reputadíssimo Mas de Daumas Gassac, um VDP do Herault, Sul da França. Corder explica que os vinhos tintos do Velho Mundo atuam com mais eficácia na inibição da produção do peptídeo endothelin-1 (ET-1) por suprimir a transcrição do ET-1 gen, crucial para o desenvolvimento da arteriosclerose (doença em que placas que contêm colesterol e lipídios obstruem as artérias). O estudo comprova ainda que o suco de uva é um inibidor muito menos eficaz, da mesma forma que os vinhos brancos e os rosés. Surpresa: o chocolate é um bom parceiro do coração.
Tenha uma longa vida, beba vinhos franceses.